O projeto total demandou investimentos de R$ 37 milhões e prevê o início das operações em 2006, a partir da implementação da segunda fase, a ser iniciada em outubro do ano que vem.
Com a ampliação da produção, a empresa pretende abastecer o mercado internacional. Segundo o gerente de Operações das unidades de extrudados da Alcoa, Carlos Gregório, um dos objetivos da companhia é participar de forma mais ativa do mercado de produtos trefilados nos Estados Unidos. Mesmo sem revelar a fatia que a empresa pretende abocanhar, o executivo comentou que o segmento fora do Brasil é atraente e a Alcoa quer fazer parte dessa expansão.
Dos investimentos totais, 40% serão aplicados em equipamentos importados e o restante, destinado a máquinas de trefilação e acabamento, de fabricantes brasileiros. O aumento da capacidade de produção não exigiu ampliação da estrutura física da empresa, mas demandou a redefinição de lay-out para a instalação dos novos equipamentos. A previsão da companhia é acrescentar cerca de 100 funcionários ao atual quadro, composto por 360 empregados.
Os produtos trefilados são originados de material extrudado, que é fabricado na unidade de Santo André. Segundo a empresa, o abastecimento interno do produto continuará sendo feito normalmente. Os investimentos futuros da empresa incluem planos de aumento da capacidade, que por enquanto são mantidos em sigilo.
A unidade de Utinga fabrica produtos extrudados destinados ao mercado industrial para diversos setores, como automotivo, eletrônico e eletroeletrônico. As outras duas companhias da Alcoa, em Santa Catarina e Pernambuco, dedicam a produção ao segmento de construção civil.
A Alcoa Alumínio detém cerca de 40% de fatia do mercado de extrudados, aplicados pelos setores da construção civil, indústria de transporte e bens de consumo. A expectativa é a de que o mercado interno cresça 17% neste ano e a companhia quer acompanhar essa evolução.
Capacidade – A Alcoa de Santo André também conquistou recentemente uma concorrência para a construção da plataforma P-52, da Petrobras, na Bacia de Campos (RJ), por meio do consórcio Technip/Fels Setal. O contrato da empresa é de US$ 1,6 milhão de perfis extrudados adaptados para o projeto.
A plataforma P-52 será a primeira da América do Sul a comportar um módulo totalmente de alumínio. A produção da P-52 é estimada em 180 mil barris de petróleo por dia.
Segundo a empresa, por ser uma plataforma para águas profundas, o módulo teria de ser leve e resistente à corrosão e ter facilidade de montagem. Os perfis extrudados para o projeto são produzidos com uma prensa de 5,5 mil toneladas, a maior da América do Sul, instalada na unidade do Grande ABC.
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