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Quarta-Feira, 1 de Maio de 2024

Política
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PRESIDENTE DA CÂMARA DE MAUÁ
MP arquiva denúncia de pedofilia contra Geovane Corrêa e presidente licenciado retorna à Câmara de Mauá

Acusado de crime sexual contra menor, o vereador do PT afirma que equipe jurídica analisa medidas legais contra o denunciante, vereador Sargento Simões (PL)

Wilson Guardia
18/04/2024 | 13:02
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Foto: Luca Dias


O MPSP (Ministério Público de São Paulo) decidiu arquivar a denúncia de pedofilia contra o presidente licenciado da Câmara de Mauá, vereador Geovane Corrêa (PT). O despacho foi proferido pelo promotor de Justiça André Aguiar de Carvalho na última quarta-feira. O parlamentar foi acusado de praticar crime sexual contra menor, o que sempre negou. A denúncia partiu do vereador Sargento Simões (PL). 

De acordo com a promotoria, faltaram provas sobre o envolvimento de Geovane no caso. “Os fatos articulados na denúncia não restaram minimamente para a descoberta e elementos que comprovassem o conteúdo denunciado. Sendo assim não há elementos suficientes e comprobatórios para instauração de persecução penal”.

Geovane, desde que o caso tornou-se público, tem rechaçado qualquer participação no ato imputado a ele. “Sempre disse que eram infundadas e inverídicas as denúncias. Faltam provas, não existe vítima, não existe menor e não existe família”, discorreu.

Os fatos, de acordo com o presidente licenciado, foram explorados com “interesse eleitoral e político”. Para Geovane Corrêa, a suposta prova utilizada pelo denunciante para acusá-lo teria partido de um crime de extorsão, o qual diz que foi vítima no ano de 2021. “Meu celular foi hackeado”, justificou o petista. O vereador explica que na época acabou abrindo uma mensagem de origem duvidosa em seu celular e que a partir disso passou a ser extorquido por um homem que exigia a quantia de R$ 100 mil para não tornar o caso público. O crime que o petista se refere é o chamado ‘golpe dos nudes’, que consiste em chantagear usuários de redes sociais com envio de fotos íntimas. 

Em entrevista ao Diário, Geovane observou ser pai de duas mulheres e que jamais seria capaz de cometer os atos pelos quais foi acusado, e que se alguém fizesse isso contra as suas filhas e ele encontrasse o acusado “meteria a porrada”.

RETORNO

Afastado de suas funções parlamentares desde 29 de fevereiro, Geovane Corrêa garantiu que retornará à Câmara no início do próximo mês. “Não vejo motivo para não cumprir o mandato. Se tivesse sido condenado, se tudo fosse verdade, eu teria renunciado. É uma questão de honra voltar”, garantiu completando que vai aguardar o prazo de 30 dias da segunda licença para reassumir a cadeira.

Sobre o projeto de reeleição, Geovane reafirma que estará fora das urnas em outubro e que o indicado a pré-candidato é o seu sobrinho Rangel Souza da Silva. Em relação ao denunciante, vereador Sargento Simões, Geovane garante que a “equipe jurídica analisa quais medidas legais serão tomadas.”

‘Está cheirando esquisito’, diz Simões

Vereador Sargento Simões (PL), pré-candidato a prefeito de Mauá, e autor da denúncia contra o presidente licenciado da Câmara mauaense, Geovane Corrêa (PT) levanta dúvidas sobre o trabalho conduzido pela Polícia Civil. “Isso está cheirando esquisito”, comentou o parlamentar que vai recorrer ao MP (Ministério Público). “Nunca vi na minha vida uma apuração tão rápida. Me causa estranheza”, afirmou.

Para Sargento Simões, há no curso investiga-tório algumas incoerências que levaram a não coleta adequada de provas e identificação da vítima. “Que procura foi essa? Com menos de 30 dias não encontraram e tá bom?. Vou recorrer no MP. Vou botar pra f*, quero ter acesso à investigação”, esbravejou.

O liberal ainda ironizou o trabalho policial. “O meu desejo é que todos os inquéritos fossem apreciados com a mesma rapidez”, alfinetou. 

Sargento Simões também diz não temer ser alvo de processo por parte do petista. “Não me arrependo. Se tiver fato novo encaminho para frente. Sobre o fato dele me processar não temo. Recebi a denúncia e encaminhei. Fiz minha função de vereador, pai, homem, militar e cidadão.”

Sargento Simões disse que apresentou a denúncia e prestou depoimento no mês passado.




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