Região contabiliza três óbitos pela doença, mas fica de fora do plano de redistribuição de vacinas do Ministério da Saúde; 154 cidades serão contempladas
Reportagem atualizada às 15h34
Santo André confirmou a primeira morte por dengue neste ano, segundo dados do painel de controle da doença da SES (Secretaria Estadual de Saúde). A paciente era uma mulher de 86 anos, que veio a óbito no dia 16 de março. Com mais um caso fatal, o Grande ABC contabiliza agora três mortes em decorrência da doença, sendo as demais em Diadema e em Mauá.
A região possui ainda outros dez óbitos sob investigação, sendo cinco em São Bernardo, dois em Mauá, um em Santo André, em Diadema e em Ribeirão Pires. A primeira morte no Grande ABC foi registrada no início do mês, em Mauá. A vítima era mulher e não teve a idade revelada – segundo o governo estadual, tinha entre 35 e 49 anos. Já o segundo óbito foi contabilizado nesta semana. Ocorreu em Diadema. A vítima, homem, também não teve a idade revelada. De acordo com o Estado, tinha entre 50 e 64 anos.
As sete cidades possuem 5.519 registros de dengue desde o início do ano, e 2.783 notificações prováveis ainda são investigadas. No Estado, 146 pessoas morreram em 2024, e 345.248 casos foram confirmados. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 2,3 milhões de casos , sendo 831 óbitos confirmados e 1.267 em investigação.
Desde o sábado (23), o Grande ABC está em estado de emergência contra a dengue, medida decretada pelo Consórcio Intermunicipal, e cujo objetivo é implementar ações com maior agilidade e também receber recursos adicionais do governo federal.
VACINAÇÃO
O Ministério da Saúde anunciou ontem a estratégia de redistribuição das vacinas contra a dengue que estão próximas do vencimento. No total, 154 municípios foram contemplados – na primeira fase, 521 creceberam os imunizantes.
Em São Paulo, apenas a Capital e as regiões de Campinas e São José do Rio Preto irão receber os novos lotes – os municípios do Grande ABC ficaram de fora. Na primeira etapa de distribuição, 11 cidades da região do Alto Tietê foram beneficiadas no Estado.
A distribuição das vacinas atende aos seguintes critérios: regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou superior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas de transmissão nos últimos meses.
Segundo a Pasta, há 668 mil doses com vencimento previsto para 30 de abril, 523 mil em junho e 84 mil em julho. O imunizante é destinado a pessoas de 10 a 14 anos, público que concentra a maior proporção de hospitalização pela doença. O esquema vacinal tem duas doses com intervalo de três meses.
O Ministério recebeu nova remessa de doses. Ao todo, 930 mil doses serão distribuídas para os 521 municípios inicialmente selecionados e para os 154 agora contemplados com a ampliação. Não há previsão de redistribuição das vacinas para as cidades não selecionadas. “Diante da pouca oferta de doses por parte da fabricante, o foco segue na eliminação dos criadouros do mosquito”, destaca a Pasta.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.