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Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

VIVIA JANDO
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VIVIA JANDO
Tudo como antes no Reino de Abrantes
Rodermil Pizzo
18/03/2024 | 13:05
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Incrível como as faltas de memória e solidariedade do governo, da Justiça e das autoridades competentes com relação aos consumidores lesados do turismo brasileiro fazem com que as relações contratuais e a sustentabilidade da indústria do turismo se fragilizem a cada dia. Para quem faz parte desta onda de esquecimento, vamos refrescar a memória alertando que milhares e milhares de consumidores ainda brigam na justiça até o dia de hoje por indenizações com empresas como Vasp (Viação Aérea de São Paulo), que encerrou as atividades em 2005, ou Avianca Brasil, que, por ordem da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), parou de operar em 2019.

Outros milhares de consumidores seguem com pendências com empresas como Nascimento Turismo, Soletur, Dimensão, Panexpress, entre tantas outras – seria impossível ficar listando todas elas nesta coluna. Sites como o Reclame Aqui acumulam milhares de denúncias contra essas empresas que sequer se dão ao trabalho de responder ao turista lesado. O Procon, um dos mais conhecidos órgãos de defesa do consumidor, se atém a comunicações e multas, que pouco refrescam o problema vivido pelos que ficaram sem viagem, hospedagem ou reembolso.

Este ano, como forma curiosa de manifestação, surgiu no Carnaval o bloco dos abandonados pela 123 Milhas, que, por sinal, desapareceu da mídia, desapareceu dos noticiários e desapareceu com o dinheiro, assim como a Hurb, a maior operadora de viagens on-line, que segue a mesma cartilha. Já a gigante do turismo, que balançou forte, tem demonstrado dar a volta por cima, retomando as atividades a plenos pulmões. Claro que, com milhões em injeções de capital, dizer que está driblando a crise já é parte de sua rotina.

Lamentável é que novamente o turismo faz mais do mesmo, e quem perde é o turista, que fica limitado em suas escolhas. Todavia, não se pode negar que boa parte do consumidor brasileiro aprendeu como se virar sozinho e tem utilizado a ferramenta da busca direto com fornecedor, e com isso tem amenizado o custo e também os riscos. Sabido é que, enquanto o turismo brasileiro apresentar pouquíssimas opções de intermediação, o cliente viverá praticamente dentro do monopólio e pagará muito mais caro por isso.

Rodermil Pizzo é doutorando em Comunicação, mestre em Hospitalidade e colunista do Diário, da BandFMBrasil e do Diário Mineiro.




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