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Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

Setor de máquinas amplia encomendas
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
27/08/2009 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


Os fabricantes de máquinas e equipamentos já observam reflexos positivos das novas linhas de crédito do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), lançadas no fim de junho para incentivar os investimentos - com condições especiais, como a redução dos juros de 12,5% para 4,5% ao ano.

O número de pedidos para produção de maquinário seguiu em crescimento em julho frente ao mês anterior (passou da média de 19,5 para 19,7 semanas de encomendas em carteira), assim como o nível de utilização de capacidade instalada (foi de 80,9% para 86,9%) do setor, segundo dados da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).

Esses indicadores favoráveis ocorrem ao mesmo tempo em que o segmento nacional registra o primeiro recuo nas vendas, depois de altas sucessivas no mês a mês desde janeiro. A indústria observou queda de 9,8% no faturamento em julho na comparação com junho.

Para o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, a variação negativa no faturamento se deve a uma parada dos clientes para aproveitar as novas linhas do banco do governo.

Aubert Neto explica que as fabricantes, de forma geral, não trabalham com pronta-entrega, e levam algumas semanas - o prazo médio são 18 - entre a efetivação dos pedidos e a entrada de recursos. "Daqui a três meses, o faturamento vai subir", prevê.

O dirigente lembrou ainda que, apesar do estímulo dado pelo governo para o setor ter sido implementado dia 27 de junho, os bancos comerciais (que repassam o financiamento do BNDES) demoraram para operar essas linhas, no aguardo da entrada do FGI (Fundo Garantidor de Investimentos). O fundo foi criado para assumir riscos de inadimplência dos clientes.

Até agora, já foram contratados R$ 520 milhões do BNDES nas novas condições.

EXPECTATIVA - No acumulado do ano (janeiro a julho), o segmento registra queda de 24,3% frente a igual período de 2008. A projeção da Abimaq é de que o ano feche com retração de 15% em comparação com o ano passado, em parte por conta das medidas de incentivo.

Aubert Neto afirma ainda que há outros fatores que devem colaborar para a retomada gradual da atividade neste ano, entre os quais o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o Minha Casa, Minha Vida, voltado ao financiamento habitacional.

Para a manutenção do ritmo de melhora, a Abimaq reivindica do governo que as novas linhas de crédito, que valem só até dezembro, continuem em vigor. "Pedimos isonomia em relação às taxas de juros do Exterior", afirma Auberto Neto. Outra solicitação é de que seja criado financiamento específico para os projetos de exploração do petróleo do pré-sal.




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