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Domingo, 28 de Abril de 2024

Chinaglia também recua e defende reajuste menor
Do Diário OnLine
Com Agência Câmara
26/01/2007 | 13:48
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A pressão popular ainda é a melhor forma de cobrar e fiscalizar as ações dos parlamentares no Congresso Nacional. Depois de certa maneira apoiar um reajuste salarial de 91,7% aos deputados e senadores, o líder do governo e candidato à Presidência da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), recuou e afirmou que, agora, é adepto a um aumento com base no índice da inflação acumulado nos últimos quatro anos.

No entanto, o petista se enrolou um pouco ao tentar explicar a tentativa de se promover, na calada da noite e na base da 'canetada', um reajuste abusivo. De acordo com Chinaglia, nenhum deputado é adepto do aumento de 91,7%. A questão é que a decisão deste assunto foi tomada pela Mesa Diretora da Casa e líderes partidários, que têm como principal função representar a posição das respectivas bancadas. O único erro em todo esse processo obscuro, na opinião do candidato governista, foi não ter discutido a proposta no Plenário.

Chinaglia ainda deixou uma questão no ar referente aos salários dos parlamentares. De acordo com ele, os vencimentos de senadores e deputados devem funcionar ser o teto de todo o serviço público, pelo simples fato de "o Poder Legislativo é mais transparente". Atualmente, o teto do funcionalismo público é de R$ 24,5 mil – salário pago somente aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e valor desejado pelos próprios parlamentares durante a tentativa de se elevar a própria remuneração em 91,7%.

Por fim, o candidato do PT considerou injustas as diferenças entre os salários da cúpula dos Três Poderes. "Os ministros do STF ganham três vezes o que ganha o presidente da República", comparou.

Reforma Política – O candidato do PT afirmou que a Reforma Política pode ajudar a solucionar a crise ética por que passa o país, e cuja qual seu partido tem sido alvo dos principais questionamentos. "Um dos pontos mais graves da origem de corrupção na política está no financiamento de campanha", afirmou o deputado. Na opinião de Chinaglia, a reforma é "uma construção difícil mais um dever nosso fazê-lo".

Para reduzir a corrupção eleitoral, o deputado defendeu a adoção do financiamento público das campanhas. "Não que o financiamento público será uma solução para todos os problemas, mas tornará a disputa mais democrática", avalia. O petista disse que defende a adoção de listas fechadas para definição de candidatos, apesar de ver o sistema com desconfiança. "Se o partido não tiver democracia interna, a cúpula pode decidir quem será deputado", alertou.

A construção da Reforma Política deve começar, segundo Chinaglia, a partir da constituição de uma nova comissão especial sobre o assunto, que apresentaria uma proposta dentro de um prazo estabelecido. De qualquer forma, o deputado defende que, aos poucos, seja realizada "a reforma política possível".




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