Eles provaram e aprovaram o cardápio do programa Bom Prato, no Centro de Santo André (mantido pelo governo do Estado); do restaurante popular de Mauá, no Centro, (mantido pela Prefeitura); e do restaurante educativo do Centro de Atividades do Sesi (Serviço Social da Indústria), na Estação Prefeito Saladino, em Santo André. Apenas o do Sesi funciona em sistema self-service. Por ter mais opções, o preço por pessoa é de R$ 2, enquanto os outros dois cobram R$ 1, mas não há opções.
Todas as diferenças – inclusive as sociais – foram levadas em consideração pelos chefs. Eles trabalham em restaurantes de alto padrão e servem poucas pessoas. “Nunca pensei que um restaurante que tem de servir mais de 1,5 mil refeições diárias conseguiria ser tão organizado”, disse Mônica sobre o Bom Prato.
As refeições são altamente calóricas – têm até 1,5 mil calorias, metade do total das necessidades diárias de um adulto –, mas também nutritivas. Um dado observado em todos os refeitórios populares é que dificilmente sobra comida no prato. Na avaliação dos especialistas, o fato de serem preparadas em uma cozinha industrial não faz com que os alimentos deixem de ser saborosos.
Eles aprovaram o prato-feito de arroz, feijão, chuchu, carne moída e salada de repolho oferecido no Bom Prato, e só acharam que “os cozinheiros exageraram um pouca na manteiga no preparo do chuchu”. Também consideraram de boa qualidade a comida do Sesi, principalmente pela diversidade.
A ressalva foi para o restaurante mantido pela Prefeitura de Mauá. Lá, os chefs acharam que a carne tinha um pouco de gordura e que o arroz estava fora do ponto. O cardápio era praticamente igual ao oferecido no Bom Prato e a empresa que fornece as refeições (Terra Azul Alimentação Coletiva e Serviços) é a mesma. “Provavelmente, é um problema na cozinha. A qualidade do Bom Prato é melhor, mas essa comida não é ruim”, disse Mônica. Gigante, do Mendocino, tem uma crítica ao serviço de Mauá. “Falta um melhor tratamento com o público na hora de servir a refeição. Reparei que os funcionários jogam a comida no prato sistematicamente. Um ‘boa tarde’ ou um sorriso não faz mal a ninguém.”
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