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Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

Diarinho
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Aniversariante
Festa boa tem presentes

Nos 50 anos do Diarinho, os mimos não tinham laço e nem vieram em caixas, mas em forma de carinho

Beatriz Mirelle
Especial para o Diário
03/07/2022 | 08:51
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Reprodução


Nas festas de aniversários, os adultos amam dizer que os presentes não são a parte mais importante. Mas, sinceramente, nós sabemos que eles estão errados neste quesito. Além do bolo, docinhos e velas simbolizando os 50 anos, o Diarinho recebeu diversos mimos de agradecimento por acompanhar 2.573 domingos desde 1972.


O melhor de completar mais um ano é adiantar a comemoração. Óbvio que essa chance não seria desperdiçada e a festa começou uma semana antes do tão esperado 2 de julho.


O desenhista Mauricio de Sousa, que ajudou a construir vários exemplares desse caderno, e a Câmara Municipal de Santo André prestaram suas homenagens. Já nas redes sociais, houve uma enxurrada de mensagens dos leitores, desde os pequenininhos até os grandões.


Gerson da Silva tem o hábito de encaminhar o Diarinho via correio para crianças que ele acredita que se interessam por leitura. Para parabenizar o caderno, Gerson nos enviou um recado que recebeu de Rafael Bacellar Herbas Palomo, 7 anos. Nele, o garoto confessou o amor pelos conteúdos escritos aqui.


Além do Rafa, nossa animação fez com que outras pessoas compartilhassem o carinho e as histórias com o Diarinho ao longo dos anos. “Lembro que ficava a semana toda esperando o Diarinho sair. Quando chegava na casa dos meus avós, ia correndo para saber se ele tinha comprado. Me deu um quentinho no coração recordar essas ocasiões com meu avô”, relatou a ilustradora Camila Daré, de 29 anos.


A junção entre macarronada do domingo e Diarinho são duas tradições que ninguém abre mão. As edições, presente nas casas, escolas, bibliotecas, conseguem informar, divertir e até ensinar as crianças a ler e escrever, assim como os gibis da Turma da Mônica.


“O Diarinho faz parte da minha história” foi o que Mauricio de Sousa, criador de personagens como Mônica, Magali, Cebolinha e Cascão durante a Live do Diário de quarta-feira com o diretor de redação Sérgio Vieira. No início, o desenhista conversava com a professora Solange Dotto para elaborar, praticamente sozinho, as ilustrações do Diarinho. “Com o aniversário, me vem à memória todo esse período corajoso que tive.”



APLAUSOS E EMOÇÃO
A Câmara de Santo André fez questão de lembrar do aniversário. “Não podia deixar de fazer essa moção de aplauso. O Diarinho foi muito marcante na minha vida. Era muito bom receber o jornal. Eu ficava ansiosa para ler”, declarou a vereadora Ana Veterinária (União Brasil), que propôs a homenagem.


E assim que se encerra a comemoração. Restam poucas coxinhas, o suco já está no fim e a festa foi ótima. Agora ficam as felizes lembranças de cada momento juntos e o entusiasmo para o próximo bolo com guaraná.


É direito das crianças ler o Diarinho

Nas faculdades de jornalismo, nem sempre os professores dizem para os estudantes que  é possível fazer notícias para as crianças.  Às vezes,  esses alunos passam quatro anos aprendendo a fazer reportagens, mas não entrevistam uma criança sequer. E isso teria de acontecer mesmo quando os jornalistas fazem notícias para os adultos. 


Porque as crianças, como vocês bem sabem, fazem parte do mundo! Só que  alguns adultos parecem se esquecer disso, não é?  Aparecer em jornais, sites, revistas e programas de rádio e TV é um direito das crianças. Isso está num documento chamado Convenção sobre os Direitos da Criança, da ONU (Organização das Nações Unidas), que é uma entidade que reúne representantes de praticamente todos os países do mundo.


 Por isso é tão importante que existam jornalistas no Brasil,  como o pessoal do Diarinho, que se preocupa em fazer notícias para as crianças e conversar com elas.  Isso é o que chamamos de jornalismo infantojuvenil.


 Antes de vocês nascerem, em vários dos jornais do País havia  cadernos para crianças, que normalmente saíam aos fins de semana, com reportagens, jogos e quadrinhos, assim como o Diarinho. Vários deles deixaram de ser publicados, porque muita gente parou  de ler jornal por conta da internet. Assim, esses jornais fecharam cadernos infantojuvenis para economizar.  Por outro lado,  surgiram novos produtos para crianças, muitos deles  justamente na internet. Mas, mesmo assim, ainda  é  pouco.


 Para mudar isso,  nós criamos o Colo (Coletivo de Jornalismo Infantojuvenil), que é um grupo de  jornalistas e professores que se preocupam em fazer produtos da mídia especialmente para as crianças. Porque sabemos que esses materiais incentivam a leitura e a escrita. Mas entendemos que saber ler é muito mais do que decifrar  letras. 


 Quem dizia isso era Paulo Freire, um professor que queria facilitar o jeito como seus alunos aprendiam a ler e a escrever. Para ele, ler é também entender melhor o mundo em que a gente vive. E, com isso, a gente pode transformar esse mundo, que nem sempre se importa com as crianças.


Vamos com a gente?
Este texto foi produzidopelo
Colo - Coletivo de Jornalismo Infantojuvenil 




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