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Sábado, 27 de Abril de 2024

Diarinho
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Orelhudos
Além dos ovos de chocolate

Símbolos da Páscoa, celebrada hoje, os coelhinhos gostam de comer grama e de viver em comunidade

Renan Soares
Especial para o Diário
16/04/2022 | 23:59
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André Henriques/DGABC


Olhos vermelhos? Pêlos branquinhos? Saltitante? Comedor de cenouras com casca e tudo? É provável que apenas respondendo a essas perguntas, emprestadas da famosa cantiga popular, você seja capaz de identificar o animalzinho que é o símbolo da entrega dos ovos de chocolate.


Sim, estamos falando do coelhinho. Lendas e histórias cujas origens se perdem no tempo relacionam o mamífero de cauda curta e orelhas longas à Páscoa. Por ter muitos filhotes, o bichinho é desde sempre associado ao renascimento e à vida, assim como os ovos.


Renascimento e vida são valores muito importantes também para as pessoas que seguem a religião católica e acreditam que Jesus Cristo, profeta que fundou o catolicismo e viveu há 2.000 anos, ressuscitou exatamente em um domingo de Páscoa.


“O ovo tem um significado muito bonito. O ovo da galinha, no qual se inspirou o ovo de Páscoa, é morto. Sozinho, em cima de uma mesa, não tem vida, mas de dentro dele sai o pintinho, que depois vira um galo, uma galinha. É o símbolo da vida que brota da morte”, explica o bispo diocesano de Santo André, dom Pedro Carlos Cipollini.


“E o coelhinho simboliza a Páscoa porque é um dos animais que mais se multiplicam. Os antigos viam no coelhinho um símbolo de vida, uma vida que não termina, que se multiplica”, completa o líder da Igreja Católica na região. “Esses dois símbolos são acolhidos pelo cristianismo para se compreender a vida que vence a morte.”


Coelhos são pequenos mamíferos que, na natureza, moram em campos e prados – onde existem muita grama, vegetação rasteira da qual se alimentam. Gostam de viver em grupos e são brancos, marrons, pretos e cinzas. Têm cerca de 44 cm de comprimento.


“São animais herbívoros que se alimentam de grama, raízes, folhas e casca de árvores”, diz o biólogo Luan Henrique Morais, responsável pelo setor de mamíferos do Zoo SP, o zoológico de São Paulo. “Os dentes dos coelhos não param de crescer, por isso estão sempre roendo alguma coisa, para ajudar a gastar os dentes.”


Morais conta que existem mais de 50 raças de coelhos, uma delas exclusiva do Brasil, chamada de Tapiti, que vive na Mata Atlântica e está ameaçado de extinção. É também conhecido como candimba, coelho-do-mato ou simplesmente lebre. 




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