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Terça-Feira, 30 de Abril de 2024

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Coluna Memória
Tabelinha Adnan-Luiz Américo. Os amigos treinam no terrão. E estreiam goleando o Tricolor.

Iniciamos a III Semana Ribeirão Pires 2022 entrevistando dois craques eternos da cidade. Duas horas de gravações. Uma lição de futebol e de vida. À vontade, como nos tempos de peladas, Adnan e Luiz Américo traçam um perfil do tricampeonato mundial brasileiro cujos craques, de Pelé a Rivellino, foram seus contemporâneos, jogando contra e a favor.

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
03/04/2022 | 05:53
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Uma delícia jogar no Pacaembu
Depoimento: Luiz Américo

Eu conheço o Adnan desde que ele chegou da Síria, em 1952, aos seis anos de idade. Fomos matriculados juntos no jardim da infância das freiras (Externato Nerina Adelfo Ugliengo).

Naquele tempo, a carteira era dupla. A gente sentava lado a lado. Nossas letras são quase iguais. Fazia a maior confusão. Não sabia o que era meu e o que era dele. E nossa diversão, claro, sempre foi o futebol.

Em 1964, fomos treinar na “peneira” do Corinthians, levado pelo Dimasi, um conselheiro corintiano, fornecedor do armazém de secos e molhados de Ramis Eid, primo do Adnan. Ramis disse ao conselheiro que Ribeirão Pires tinha uma ótima dupla de jogadores.

- Leva o Luiz Américo e o Adnan para um teste.

Dimasi nos levou para treinar no famoso “terrão” do Corinthians. Fomos apresentados ao treinador José Castelli (o Rato).

- Castelli, dá pra você colocar os dois juntos?

- Dá, mas por quê?

- Eles estão acostumados a jogar juntos. Vão ficar mais à vontade.

O Adnan era ponta de lança e eu meia-armador. Vinte minutos de treino. O Castelli me chama.

- Eu vou tirar o volante e você vai para o lugar dele.

Quarenta minutos, termina o treino. Tinha uns 20 esperando para treinar.

- Pode ir todo mundo embora. Ficam os dois de Ribeirão Pires.

O treino seguinte foi na quarta-feira. A mesma coisa. Treinamos juntos, eu já de volante.

- Podem voltar na sexta-feira. É o definitivo. Vocês têm que treinar bem.

Acabamos com o treino.

- Na segunda-feira vocês procuram o Bulgaribe (treinador do Juvenil e Infantil). Vocês já vão pro Juvenil.

Passamos a treinar no Juvenil, esperando pela estreia. Chegou o Carnaval.

- Quem não vier treinar no Carnaval não joga no sábado.

Treinamos no Carnaval. O sábado da estreia chegou. Descemos na Barra Funda e seguimos a pé até o Pacaembu. O Adnan chegou com fome. Comeu cinco sanduiches numa daquelas barraquinhas armadas em torno do estádio.

No vestiário, o treinador chama o Adnan.

- Você só vai jogar porque eu não havia te prevenido para não comer antes do jogo.

Na hora da comilança, o treinador tinha passado de carro e viu o Adnan comendo.

O professor manteve a palavra. Era para jogar o Jordão, que depois seria pai do Cleber, que jogou no Corinthians. Mas o Jordão não treinou no Carnaval. Foi barrado.

O jogo seria na preliminar de São Paulo e Corinthians. A gente conhecia o Pacaembu, mas nunca havia jogado ali. Pacaembu lotado.

- Vocês estão nervosos? – perguntou um diretor.

Uma estreia inesquecível. O que aconteceu? O Adnan arrebentou com o jogo. Me deixou na cara do gol. Ganhamos de 3 a 0. Um baita baile.

A gente jogava por música. Era gostoso. E no Pacaembu, uma delícia.

Crédito da foto 1 – Projeto Memória

SEMPRE JUNTOS. Adnan com a faixa de campeão paulista juvenil de 1965 ao lado do amigo Luiz Américo. Nas laterais, os filhos de Adnan, os advogados Fabio e Ricardo Abou Rizk, presidente da OAB de Ribeirão Pires

DIÁRIO HÁ MEIO SÉCULO
Domingo, 2 de abril de 1972 – Ano 14, edição 1807

FUTEBOL – Pelo Torneio 25 de Janeiro, em São Caetano, Saad local 2, Portuguesa Santista 0.

EM 3 DE ABRIL DE...

1917 – Câmara Municipal de São Bernardo estudava a lei de obrigatoriedade do ensino.

1952 – Joel Silveira, Rafael Corrêa de Oliveira e Rubem Braga inauguravam “Comício”, semanário político e independente.

1957 – Willys Overland do Brasil, em São Bernardo, celebrava o lançamento do 10.000º jipe produzido.

Final do Sul-Americano de Futebol. Em Lima, no Peru, Argentina (campeã) 3, Brasil (vice-campeão) 0.

1962 - Promulgada a lei 1805, que oficializa as 1.792 ruas de Santo André. A matéria tem por base trabalho do médico e historiador Octaviano Gaiarsa.


SANTOS DO DIA

Ricardo (Inglaterra, 1197-1253). Bispo. Foi professor e reitor da Universidade de Oxford
Ágape, Irene e Quilônia
Sisto I
Luís Scrosoppi


MUNICÍPIOS BRASILEIROS

No Estado de São Paulo, aniversariam em 3 de abril: Jacareí (fundado em 1653), Cerquilho, Planalto e Reginópolis, os três oficializados em 1949.
Pelo Brasil, aniversariam hoje: no Espírito Santo, Aracruz; em Santa Catarina, Araranguá e Seara; no Rio de Janeiro, Belford Roxo; na Bahia, Entre Rios; no Mato Grosso, Itanhangá; no Rio Grande do Sul, Pedro Osório e Santo Antônio da Patrulha; e no Rio Grande do Norte, Tibau do Sul.


Falecimentos 

VALDIR FUMENE
(Santo André, 13-9-1949 – 29-3-2017)

Há cinco anos, Memória noticiava a partida de Valdir Fumene. Ele trabalhou no Diário. Foi diagramador. Vindo da casinha em frente onde funcionava a Redação, Valdir Fumene foi da equipe que inaugurou o novo Palácio da Imprensa, sede do jornal na Rua Catequese.

Santo André

Carmem Pereira, 100. Natural de Nova Europa (São Paulo). Residia na Vila Bastos, em Santo André. Dia 29. Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Curuçá.

Evangelista Samoggin, 100. Natural de Itapira (São Paulo). Residia na Vila Cecília Maria, em Santo André. Dia 30. Memorial Jardim Santo André.

Olga Salemme, 79. Natural de Santo André. Residia na Vila Marina, em Santo André. Pensionista. Dia 30. Cemitério da Saudade, Vila Assunção.

São Bernardo

Mitsue Uehara, 93. Natural do Japão. Residia na Vila Regente Feijó, em São Paulo, Capital. Dia 19. Cemitério de Vila Euclides.

José Ferraz da Silva, 87. Natural de Lagoinha (São Paulo). Residia na Vila Duzzi, em São Bernardo. Dia 29. Jardim da Colina.

São Caetano

Joana Brasso, 91. Natural de São Caetano. Residia no Jardim Independência, em São Paulo. Capital. Dia 27, em Santo André. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.

Diadema

Benildes Alves Xavier, 85. Natural de Mundo Novo (Bahia). Residia na Vila Nogueira, em Diadema. Dia 29. Cemitério Municipal de Diadema.

Mauá

Nezio Peppe, 82. Natural de Rincão (São Paulo). Residia no Jardim Esperança, em Mauá. Dia 30, em Santo André. Cemitério Sagrado Coração de Jesus, Camilópolis.

Ribeirão Pires

Antonio José Vicente, 69. Natural de Congonhas (São Paulo). Residia na Vila Lusitânia, em Ribeirão Pires. Dia 25. Cemitério São José.
 




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