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Domingo, 28 de Abril de 2024

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Cine-Teatro Carlos Gomes.Em busca das 23 mil assinaturas.Um álbum em preparação.

A notícia de que em abril de 2022 a cidade de Santo André ganhará seu mais antigo cinema revitalizado enche de orgulho toda uma comunidade que amou e ama este espaço

Da Redação
30/12/2021 | 10:18
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No passado, esta comunidade não se limitava a Santo André. O Carlos Gomes, desde os tempos em que funcionava na Rua Coronel Oliveira Lima – há mais de um século –, atraía moradores de toda a região e mesmo da Zona Leste de São Paulo. Padeceu tristemente a partir dos anos 1970, quando passou a ser um exibidor de filmes pornográficos. Ganhou vida com o Movimento SOS Carlos Gomes, cuja semente foi lançada em 1987, aqui no Diário, pela jornalista Claudete Reinhart, que deu voz ao arquiteto Euclydes Rocco Junior, o Tininho, que não podia imaginar o fim trágico do cine-teatro coqueluche de várias gerações.

E o SOS Carlos Gomes foi às ruas, reunindo nomes da expressão do contador Livio Xella e dos valentes membros do Gipem (Grupo Independente de Pesquisadores da Memória).

Coletaram-se 23 mil assinaturas, entregues em 1988 ao prefeito Newton Brandão, já em fim de mandato. O Carlos Gomes transformara-se em estacionamento de veículos e em loja de tecidos. O prefeito Celso Daniel desapropriou o imóvel. Espetáculos foram promovidos. Empresas como a Firestone ajudaram financeiramente. E o cinema voltou a ser fechado, deteriorado.

Agora, pela ação do prefeito Paulo Serra, uma nova história é escrita. Parabéns, prefeito. Para nós, da Memória, o senhor entrará na história por salvar o Carlos Gomes e o Estádio do Serrano, em Paranapiacaba.

FOTOS

Ombreando-se ao projeto, Claudia Ferreira, do blog Santo André Ontem e Hoje, está reunindo imagens do Cine-Teatro Carlos Gomes, dividindo-as com esta página Memória. Um material que aos poucos estaremos publicando e rememorando com você, prezado leitor.


E AS ASSINATURAS?

Uma sugestão à Claudia e demais participantes do projeto de revitalização do Cine-Teatro Carlos Gomes: descobrir onde foram parar as 23 mil assinaturas em defesa do cinema. São 23 mil nomes que tornaram possível este fato único: um cinema que deixou de ser cinema e que volta a ser espaço cultural. Que outro exemplo do gênero se conhece?

Houve um secretário municipal, que atuou em Santo André e São Bernardo, e que nas gestões dos dois municípios – de pouca saudade – mandou destruir tudo o que era antigo. Mesmo a coleção do Diário do Grande ABC, que estava na Biblioteca Nair Lacerda, correu risco. Felizmente, foi salva, e hoje está na Biblioteca Cecília Meirelles.

Torcemos para que o abaixo-assinado organizado pelo SOS Carlos Gomes em 1988 esteja mantido. Neste caso, Claudia, poderia ser exposto quando da reinauguração do nosso cinema maior. 




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