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Enem começa hoje com receio do vírus e da interferência do governo

Portões dos locais do exame abrem ao meio-dia e fecham às 13h; é obrigatório levar caneta preta com material transparente, diz regra

Arthur Gandini
Especial para o Diário
21/11/2021 | 01:02
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Divulgação/Agência Brasil


O total de 33.708 vestibulandos no Grande ABC que se inscreveram para prestar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), hoje e no próximo domingo, devem enfrentar dois desafios: atentar-se às regras da prova e manter a calma.

A primeira prova terá início hoje, às 13h30, e traz 45 questões de linguagens, 45 de ciências humanas e suas tecnologias e a redação. Os especialistas lembram que os estudantes devem se atentar aos horários de entrada nos locais de prova. Caso contrário, há o risco de se tornar um dos tradicionais “atrasados do Enem”. Os portões abrem às 12h e fecham às 13h. Quem chegar depois, vai ser impedido de fazer o exame.

É obrigatório que, para realizar a prova, os estudantes tragam consigo uma caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente; o seu documento de identificação válido; e uma máscara de proteção contra a Covid-19. Em relação às medidas sanitárias, também é permitido trazer um recipiente com álcool gel e utilizar luvas transparentes ou semitransparentes durante o exame. Soraya Smaili, farmacologista da Unifesp (Universidade Federação de São Paulo) e do centro de estudos Sou Ciência, reforça a importância das medidas. “Com o fim das restrições sanitárias, as pessoas acabam tendo a sensação de que a pandemia acabou. O público do Enem estará concentrado nas provas, mas é preciso que as pessoas mantenham os cuidados”, defende.

Já a escritora e psicóloga clínica Alessandra Cieri orienta que os estudantes mantenham o pensamento positivo. “Toda vez que você foca no negativo, seus pensamentos desencadeiam uma série de reações no seu corpo, como sentimentos e comportamentos ansiosos”, aconselha.

A segunda parte do exame ocorre no próximo domingo e trará 45 questões de matemática e 45 questões de ciências da natureza, o que envolve biologia, física e química. O gabarito será divulgado no dia 1º de dezembro no site do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).

INCERTEZA

A prova também deve ser realizada em meio ao receio de estudantes com a possibilidade de encontrarem um exame bem diferente do que esperam. O motivo é a polêmica ocorrida na semana passada após servidores do Inep denunciarem ao programa Fantástico, da TV Globo, uma suposta interferência do governo federal no conteúdo do Enem. A preocupação do Palácio do Planalto com conteúdos políticos inseridos na prova ficou evidente depois das declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante agenda em Dubai, nos Emirados Árabes, quando afirmou que “começam agora a ter a cara do governo as questões da prova do Enem”.

Para Uilson Santos, a boa preparação dos estudantes deve ser o suficiente para contornar esse receio. “Simulados são apenas recursos, instrumentos que podem ser utilizados para se preparar melhor, mas não pode confiar apenas nisso”, ressalta.

Especialistas recomendam descanso

Especialistas orientam que hoje, dia da prova do Enem, não é mais hora de mergulhar nos estudos. Tentar memorizar conteúdo pode apenas deixar os vestibulandos mais apreensivos com o exame. “Não é o momento, só vai potencializar a ansiedade e trazer piora no rendimento”, alerta Rodrigo Basilio, professor de cursinho pré-vestibular e responsável pelo canal do Youtube Professor Basilio Historiando.

Outra orientação é descansar bem antes da prova e optar por uma refeição saudável. “Alimentos muito gordurosos podem atrapalhar o funcionamento mental e aumentar a ansiedade”, aconselha a psicóloga clínica Alessandra Cieri.

Em relação ao conteúdo, a dica é prestar atenção nas questões. “Concentre-se. Lembre-se que o Enem faz contextualizações importantes nos enunciados, considerando questões sociais e culturais”, lembra Raquel Carone, neuropsicopedagoga e educadora com ênfase em estudantes pré-vestibular.

Já Ismael Rocha, doutor em Educação e diretor acadêmico do Iteduc (Institute of Technology and Education), orienta como deve ser organizado o conteúdo da redação. “Divida uma folha em branco da prova em três partes. Na primeira parte, você vai escrever sobre o que você sabe sobre o tema. Na parte do meio, você vai escrever o que você pensa sobre este tema, qual a sua opinião. E na parte de baixo da folha, você vai escrever a conclusão. Faça rascunho, não saia escrevendo. A redação tem um peso muito grande”, finaliza.




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