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Terça-Feira, 30 de Abril de 2024

Política
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Márcio Colombo
PTB aciona Câmara contra protesto de tucano do MBL em Sto.André

Partido entra com medida por abertura de processo no conselho de ética

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
18/09/2021 | 00:23
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Claudinei Plaza/ DGABC


O PTB ingressou ação na Câmara de Santo André em que requer a abertura de processo no conselho de ética contra o vereador Márcio Colombo (PSDB), integrante do MBL (Movimento Brasil Livre). O documento, assinado pela direção municipal da legenda, presidida por Miguel Heredia, oficializa medida que aponta suposta quebra de decoro ao tratar das manifestações encampadas na cidade pelo tucano, há uma semana. O ato se deu como convocatória ao protesto de domingo contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O PTB se tornou uma das principais linhas de defesa bolsonarista.

A ação condena eventuais infrações do parlamentar à frente da mobilização, em que pese Colombo não esteja mais formalmente na coordenação local do MBL. “Os atos praticados tinham como objetivo ofender o senhor presidente da República e os seus apoiadores e cidadãos andreenses, onde em som alto foi cantada inúmeras vezes a música: ‘Vamos tirar o Bolsonaro do poder’, que tem as seguintes estrofes na sua letra: ‘Bolsonarista, miliciano, a roubalheira do seu mito tá acabando. Sua conduta é imoral. Fere os princípios da CF (Constituição Federal) Nacional’.”

O documento alega que, além da cântico com “letra ofensiva aos moradores de Santo André que defendem o senhor presidente da República, generalizando todos como milicianos”, o grupo de pessoas que participaram do ato, sob a liderança de Colombo e do deputado federal Kim Kataguiri (DEM), circulou por várias ruas da cidade, na região central, cantando a música em alto som e fazendo adesivaço, por todos os lugares, ‘danificando’ o patrimônio público. “Ao nosso ver, tal conduta do vereador Márcio Colombo causou prejuízos à imagem do Poder Legislativo.”

A medida solicita que a comissão verifique se Colombo cometeu infrações ética e de quebra de decoro previstas no artigo 4º da resolução número 8 da Câmara, elencando os incisos II e III. O primeiro trata de “desrespeitar a dignidade de qualquer cidadão, bem como a manifestação de vontade do povo andreense”. Já o segundo apontamento versa sobre comportar-se dentro ou fora da casa, por atos ou palavras, “de forma atentatória à dignidade e às responsabilidades da função pública e atuar de forma nociva à imagem do Legislativo em sua atividade política e social”.

A petição do PTB é considerada, nos corredores da Câmara, como vazia e antidemocrática por agentes políticos, cenário que tende inviabilizar avanço que leve à punição a Colombo. A comissão de ética é, curiosamente, presidida no Legislativo pelo próprio tucano. O grupo conta em sua composição com o petebista Lucas Zacarias, filho do vice-prefeito Luiz Zacarias, que, recentemente, deixou o PTB para migrar ao PL. “O partido está certo em questionar dentro de sua postura de visão totalmente Bolsonaro”, disse Lucas. O bloco registra ainda os nomes dos vereadores Vavá da Churrascaria (PSD), Renatinho do Conselho (Avante) e Toninho Caiçara (PSB).

Colombo alegou que ainda não teve ciência da ação e não recebeu nenhuma notificação oficial. “Tenho a consciência tranquila, ainda mais vindo de partido que está totalmente ligado ao Bolsonaro. Mudaram até as cores (da sigla) para verde e amarelo. Muitas pessoas que faziam parte, hoje estão saindo fora. Existe uma pressão bolsonarista forte. Como teve ato do MBL em Santo André, eles se incomodaram com isso, porque era ato antibolsonarista”, disse o tucano, ao acrescentar que o MBL tem “direito a se se manifestar politicamente, que é algo assegurado dentro da nossa Constituição”. 




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