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Após 5 meses, comissão sobre polo petroquímico não sai do papel

Idealizado por vereador da Capital, bloco contaria com dois parlamentares da região

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
09/09/2021 | 05:05
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André Henriques/ DGABC


Cinco meses após vereadores planejarem a criação de comissão para acompanhar os problemas ocasionados pelo Polo Petroquímico de Capuava, que fica nas divisas de Santo André, Mauá e Capital, o bloco sequer foi oficializado.

A ideia da elaboração do comitê surgiu do vereador pela Capital Alessandro Guedes (PT), que convidou parlamentares de Santo André e de Mauá para que pudessem acompanhar as reclamações trazidas pelos moradores do entorno do parque fabril nos três municípios.

O Diário apurou que Guedes aguardaria encontro com secretários estaduais, de Saúde e de Meio Ambiente, antes de formalizar a criação do bloco, o que também não ocorreu. A ideia de se reunir com os titulares das pastas surgiu ainda em junho desse ano.

O bloco foi pensado para iniciar os trabalhos em abril, quando o parlamentar realizou audiência pública na Câmara de São Paulo, onde ouviu reclamações de munícipes que vivem perto do polo petroquímico. Os moradores relataram cheiro químico muito forte, além de protestarem contra o barulho do parque fabril e também dos resíduos lançados pelas indústrias que formam o parque fabril e que sujam as casas.

Além de Alessandro Guedes, a comissão seria formada pelo vereador por Santo André Ricardo Alvarez (Psol) e também deve receber um integrante da Câmara de Mauá, mas que ainda não foi destacado pelo Parlamento.

“Estou preocupado com a demora na criação da comissão. Quero tentar concretizar a elaboração do grupo até o início da semana que vem”, declarou o vereador Ricardo Alvarez. “A petroquímica continua da mesma forma. Os moradores ainda reclamam dos fortes odores, do barulho constante e da liberação de resíduos. Somente com pressão política isso poderá mudar”, emendou o parlamentar.

Com a criação do bloco, uma das intenções dos vereadores era a de realizar diligências com as indústrias do polo petroquímico para avaliar as condições de funcionamento das fábricas que compõem o conglomerado. O Cofip (Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC) tem sustentando que acompanha as discussões dos problemas envolvendo a emissão de poluentes.

No mês passado, por exemplo, o Diário publicou reportagem na qual moradores de bairros vizinhos do polo alegavam que tinham dificuldade para dormir devido aos barulhos semelhantes aos de uma turbina de avião. Em abril, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) multou duas empresas do conglomerado por operações indevidas e que causaram a emissão de poluentes que provocaram mal-estar aos moradores do entorno. A punição financeira chegou a R$ 870 mil.

Idealizador da comissão, o vereador Alessandro Guedes não retornou às tentativas de contato feitas pelo Diário




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