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Imunizantes
Na região, 117 mil receberam doses suspensas da Coronavac

Dentre o total, a maioria é de munícipes de Santo André, São Bernardo e Diadema

Anderson Fattori
06/09/2021 | 21:53
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André Henriques/ DGABC


Pelo menos 116.924 moradores do Grande ABC receberam doses da Coronavac, vacina produzida pelo Butantan em parceria com a chinesa Sinovac, que foram suspensas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por cautela, uma vez que a fábrica chinesa onde foram envasados os frascos não teve inspeção brasileira. Dentre o total, a maioria é de munícipes de Santo André, São Bernardo e Diadema, únicas cidades que responderam à demanda do Diário e confirmaram a aplicação em 42 mil, 48 mil e 26 mil pessoas, respectivamente. O jornal teve acesso a planilha do Ministério da Saúde que comprova a aplicação de 609 doses em Mauá, 166 em São Caetano, 145 em Ribeirão Pires e quatro em Rio Grande da Serra.

As vacinas suspensas aplicadas no Grande ABC são do lote J202106025. Também não devem ser usadas fármacos dos lotes 202107101H, 202107102H, 202107103H, 202107104H, 202108108H, 202108109H, 202108110H, 202108111H, 202108112H, 202108113H, 202108114H, 202108115H, 202108116H, L202106038, J202106029, J202106030, J202106031, J202106032, J202106033, H202106042, H202106043, H202106044, J202106039 e L202106048.
São Paulo foi o Estado com o maior número de vacinas aplicadas dos lotes suspensos, com 4 milhões. No total, os 25 lotes têm 12,1 milhões de doses. O Ministério da Saúde não informou quantos desses imunizantes foram usados nem qual é a orientação para quem tomou essas vacinas.

Diretor da SBim (Sociedade Brasileira de Imunizações), Renato Kfouri disse que processos legais, como o adotado na interdição pela Anvisa, precisam ser respeitados, o que garante a segurança das pessoas. “Esperamos que seja o menor tempo possível de liberação”. comentou.
Em nota, o Butantan afirmou que os imunizantes suspensos são seguros e todas as doses foram atestadas pelo “rigoroso controle de qualidade do Butantan”.

O diretor da Anvisa, Antônio Barra Torres, disse que não há motivo para pânico e afirmou que a decisão de suspender o lote é por cautela. O diretor reforçou que a Coronavac é segura, comprovada por testes clínicos, cujos resultados foram analisados pelos técnicos da Anvisa e publicados em revista científica.

LIBERAÇÃO

O Butantan disse que criou força-tarefa para esclarecer dúvidas da Anvisa sobre os lotes suspensos. A primeira reunião foi realizada ontem, com a participação do diretor presidente do instituto, Dimas Covas, e da gerente de qualidade, Patrícia Meneguello. Durante o encontro, foram apresentados mais dados que demonstram a segurança dos imunizantes.

O objetivo é agilizar a liberação dos lotes para o PNI (Programa Nacional de Imunizações), considerando a urgência dentro do contexto pandêmico. “Os técnicos do Butantan vão continuar em constante contato com a Anvisa para pronto envio da documentação solicitada sobre a fábrica chinesa, que conta com certificação de boas práticas internacionais”, informou o instituto, em nota.

Um dos documentos solicitados pela Anvisa, para excepcionalidade de uso dos lotes da vacina, é o relatório de inspeção da autoridade sanitária chinesa que, por questões internas do órgão internacional, não podem ser disponibilizadas diretamente ao instituto. Por isso, o Butantan solicitou que a Anvisa requisite diretamente o documento. 




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