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Câmara de Mauá cria comissão sobre BRK sem aval do Paço

Bloco de acompanhamento na casa sugerido por Mazinho é aprovado a contragosto do governo

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
25/08/2021 | 00:16
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A Câmara de Mauá aprovou a instalação de comissão de acompanhamento de ações de saneamento básico na cidade, com mira voltada à BRK Ambiental, concessionária do serviço no município. A aprovação foi a contragosto do governo do prefeito Marcelo Oliveira (PT) e contou com reviravolta durante a votação do item.

A proposta de abertura do bloco – que tem menos força de atuação do que uma CPI – foi do vereador Mazinho (Patriota). No requerimento, ele não cita o nome da empresa. Porém, ao pedir apoio dos colegas, falou sobre os trabalhos da BRK e que tem recebido muitas críticas dos munícipes com relação à terceirizada.

Líder do governo, Júnior Getúlio (PT) orientou a bancada de sustentação a votar contra a medida. “O requerimento do vereador em nenhum momento cita textualmente a BRK. Fala de saneamento básico, o que é muito aberto. Por isso sou contra, porque não há uma definição clara da comissão.”

Depois da fala do petista, a votação se encaminhava para uma vitória do governo. Porém, a chave mudou quando o vereador Neycar (SD) disse ser favorável à comissão de acompanhamento. Neste momento, alguns parlamentares deram cavalo de pau na opinião dentro da Câmara, a começar por Chiquinho do Zaíra (Avante), que havia votado contrariamente à abertura do bloco e, depois, consentiu com a apuração dos serviços de saneamento básico. Outros vereadores acompanharam Chiquinho e o governo sofreu derrota na casa.

“Eu tratei deste tema na semana passada e havíamos firmado um acordo de que existiria a comissão de acompanhamento. Não é CPI, é de acompanhamento. O líder do governo estava presente. Para mim, (a orientação de Getúlio) foi uma surpresa”, disse Mazinho. “Desde a entrada da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), muita coisa está aberta no contrato com a BRK. Não sabemos se a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) seguirá existindo. Em meio a isso, recebemos muitas críticas, há muitas falhas no sistema. Queremos apurar a situação. Não é recado para ninguém. É hora de dar as mãos e andarmos juntos. Achei que o líder foi infeliz em sua fala”, emendou.

Getúlio não retornou aos contatos da equipe do Diário. A comissão será composta por três integrantes e terá 90 dias de validade. 




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