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Desemprego atinge 14,8 mi de pessoas em todo o País

Em relação a maio de 2020, são 2,085 milhões de trabalhadores a mais à procura de emprego

Por Yara Ferraz
31/07/2021 | 07:01
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Divulgação


A taxa de desocupação no Brasil ficou em 14,6% no trimestre encerrado em maio, de acordo com os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado representa 14,795 milhões de desempregados no período. A taxa era 14,4% no trimestre anterior e 12,9% no mesmo período do ano passado.

Segundo a analista da coordenação de trabalho e rendimento do IBGE Adriana Beringuy, a alta no desemprego na comparação com 2020 se deve a uma particularidade da crise causada pela Covid-19 no mercado de trabalho. Em um primeiro momento da pandemia, trabalhadores que perderam seus empregos, formais ou informais, ficaram em casa, sem procurar trabalho, por causa das restrições ao contato físico. “Muitas pessoas, embora não estivessem trabalhando, não estavam procurando”, afirmou Adriana. Com a passagem do tempo, a flexibilização de medidas de restrição ao contato e a necessidade de buscar renda levaram os trabalhadores a retomar a busca por emprego ativamente.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.547 no trimestre encerrado em maio. O resultado representa queda de 3,2% em relação a igual período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 215,5 bilhões no trimestre até maio, recuo de 2,5% ante igual período do ano anterior.

O total de desocupados cresceu 2,6% em relação a fevereiro, ou seja, 372 mil pessoas a mais em busca de uma vaga. Em relação a maio de 2020, o número de desempregados aumentou 16,4%, 2,085 milhões de pessoas a mais procurando trabalho.

A população inativa somou 75,803 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio, 628 mil a menos que no trimestre móvel imediatamente anterior. Em relação ao mesmo período de 2020, a população inativa aumentou em 840 mil pessoas, alta de 1,1%.

Coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio lembrou que os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que apontaram ontem para uma retomada de vagas, “é uma pequena parte do mercado de trabalho que corresponde ao mercado formal. No total, são 37,3% do total de pessoas ocupadas.”

O ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou o IBGE ao comentar os números. “Ele (IBGE) ainda está na idade da pedra lascada, baseado em métodos que não são os mais eficientes. Temos as informações diretas da empresa”, disse, acrescentando que vai, de toda forma, reduzir a taxa de desemprego no Brasil nos próximos meses. (com Estadão Conteúdo) 




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