Todos que vivem a cidade e os avanços administrativos estão de olhos abertos nas próximas eleições, que serão termômetro aos novos tempos. Não podemos perder de vista o que se passa no Congresso, que aprovou aumento do fundo eleitoral, e que discute o distritão, voto distrital puro, voto eletrônico ou voto impresso e a reforma política.

Por enquanto, temos muitos partidos, uma sopa de letras, sem nenhum compromisso pragmático. O Centrão hoje se apresenta de quepe ou como civil, a depender da ocasião. Militares que teriam que resguardar a Constituição e prestigiar a instituição se atrevem em dar pitacos no Congresso, comportando-se como áulicos defensores do presidente da República. Dentro da normalidade, teremos eleições presidenciais e de governadores, apesar de muitas ‘autoridades’ insistirem em golpe. Mas trago neste espaço um debate que precisa ser feito: governo bom necessita de um legislador melhor. Por isso, o voto de opinião.

O legislador deverá entender, antes de pedir voto, o funcionamento das casas legislativas, saber como são as comissões temáticas, o regimento interno. Em tempos de negacionismo, só a vacina protege. Não me venha com cloroquina.

Minha candidata a deputada estadual tem posto o seu estafe a estudar os mecanismos da Assembleia Legislativa. Temos que colocar cara nova ao legislador, fugindo da mesmice. Votar em temas importantes requer qualificação e estudo da Constituição, não só estadual como também federal. Na era do empoderamento feminino, mulheres de destaque merecem ser citadas, já que a participação feminina no Parlamento ainda anda a passos lentos. A condição política atual merece visão e reflexão femininas, tendo em vista o resultado de uma luta contra o preconceito que se estende desde os anos 1960. As mulheres, como maioria na sociedade, devem ter maior número de assentos no Parlamento.

A Assembleia Legislativa é composta por 94 deputados, com representação de todos os setores da sociedade paulista, do municipalismo, do agronegócio, do transporte e do serviço público. Quero, com isso, registrar que a campanha de décadas, trabalhada no Grande ABC, sobre a égide do regionalismo não deu os resultados esperados, pois os senhores deputados eleitos nunca tratam o Grande ABC de forma homogênea. A região necessita de uma deputada que conheça as sete cidades, que entenda o funcionamento das regras legislativas e que dê cara ao mandato, não apenas trocar o rosto da atuação conforme as facilidades da conveniência.

Desejo a todos que os candidatos escolhidos tenham como principal meta o conhecimento dos legislativos, que tenhamos eleições livres e democráticas para o bem do nosso povo.
O Brasil tem pressa e clama por mudanças, começando pelo Parlamento.

Vladimir Macriani é executivo de negócios.

PALAVRA DO LEITOR

Imunização
Seis minutos! Esse foi o tempo entre eu entrar no posto de vacinação no Poliesportivo Riacho Grande, em São Bernardo, no último dia 24, e sair imunizado. Fiz o agendamento prévio no site da Prefeitura, me dirigi ao local no horário agendado e em apenas seis minutos já havia recebido a segunda dose da vacina contra a Covid-19 e deixava o local. Agendamento fácil, atendimento super-rápido, organização e cordialidade dos profissionais (recepção, triagem e enfermagem) espetaculares! Megashow de organização! Parabéns para o prefeito Orlando Morando, à Secretaria da Saúde e para todos os profissionais envolvidos pela excelente organização.
Walmir Ciosani
São Bernardo

Alexandre de Gusmão
Trabalho na Avenida Alexandre de Gusmão (próximo ao Assaí da Giovanni Baptista Pirelli), em Santo André, e quero manifestar meu profundo descontentamento com a iniciativa do DET (Departamento de Engenharia de Tráfego) da cidade, de alterar o sentido dessa via no período da manhã, desde a última terça-feira. O trânsito, que já é complicado na região – e está um pouco mais em virtude das obras da Avenida Cassaquera, que sem dúvida será benéfico a todos –, foi significativamente piorado. Vale destacar que era percurso simples, e agora tenho que pegar a Avenida dos Estados ou a Giovanni Baptista Pirelli próximo à divisa de Mauá, fora que há bloqueio na Rua Katsu Takata, que piora ainda mais a situação. Há entregas e expedição nas várias empresas da região que têm sido significativamente impactadas por essa alteração.
Roberto Saraiva Romera
Santo André

Animais e humanos
Não comprem a ideia de que a administração pública nos oferece algo de graça (Artigo – Opinião, dia 22). Não, ninguém é bonzinho. Ela sequer nos oferece o mínimo satisfatório, que deveria propiciar em contrapartida ao pagamento de impostos. Se hoje há necessidade de hospitais públicos veterinários, é porque de forma totalmente imprudente foram negligenciados por anos cuidados básicos aos animais. A sociedade ética possui olhar e conhecimento do direito animal, que consiste no reconhecimento dos animais como sujeitos de direitos, seres sencientes, dotados de naturezas biológica e emocional passíveis de sentimento, que necessitam de cuidados básicos de saúde, a fim de evitar a crueldade, consubstanciado na Constituição. Sendo perfeitamente possível cuidar de animais e humanos, se falta ao humano, a culpa não é de possível hospital público veterinário, mas sim ingerência de gestores irresponsáveis com prioridades e questões que versem sobre saúde pública. Cuidar do animal não é preterir cuidado com ser humano. É junção, e não escolha.
Ariana Anari Gil
Suzano (SP)

Joice e Bolsonaro
Nos últimos dias o presidente do Brasil e a deputada federal Joice Hasselmann tiveram problemas de saúde. O interessante é que os viúvos de Lula acham que no caso do Bolsonaro o problema foi fake e, no caso de Joice, é verdade tudo que ela alega. Confesso que nunca tinha ouvido tanta bobagem desde que eu era ‘petiz’.
Donaldo Dagnone
Santo André

Credibilidade
Será que dá para alguém acreditar nas falas de Bolsonaro, que precisamos de voto impresso? Até agora ele desfez, mentiu, sobretudo o que em campanha prometeu: ser contra o Centrão, a favor da Lava Jato etc. Então ele mente, não dá para acreditar em fraudes nas eleições como ele apoia.
Tânia Tavares
Capital

Contestação
O Supremo Tribunal Federal afirma que a Corte não impediu o governo federal de agir preventivamente na pandemia. É a contestação a pronunciamentos do presidente Bolsonaro de que se tivesse coordenado a pandemia não teria morrido tanta gente. Quer se livrar da realidade, com mais de 530 mil perdas de vidas por falta de ações, que não foram implementadas.
Uriel Villas Boas
Santos (SP)