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Segunda-Feira, 13 de Maio de 2024

Entendendo a crise energética no País
Do Diário do Grande ABC
07/07/2021 | 23:59
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Sem dúvida, posso afirmar que estamos passando por momento desafiador no setor elétrico, considerado o pior ao longo dos últimos 90 anos. A crise atual é muito parecida com aquela ocorrida em 2001, quando toda a população foi obrigada a economizar 20% de energia. Se tínhamos freezer e geladeira, por exemplo, era necessário desligar o freezer para evitar a penalidade por meio de multa no preço da energia. Em 2001, 90% da nossa energia vinham das usinas hidrelétricas, ou seja, dependiam da água, e os demais 10% estavam divididos entre as usinas termoelétricas e outras fontes de energia. Hoje, estamos em situação melhor: em vez dos 90%, dependemos de 68% das usinas hidrelétricas, embora ainda seja volume muito elevado para estarmos sujeitos a única fonte de energia.


Atualmente, temos fontes renováveis como eólica, que representa 10% da nossa matriz; biomassa, equivalente a 9% da nossa matriz, e a energia solar, em ascensão há anos. Apesar de estarmos em situação mais confortável, o momento é de muita preocupação porque o atual cenário afeta muitas indústrias, que precisam diminuir a fabricação para economizar. A grande questão é: o que pode ser feito para resolver ou minimizar esse problema? Neste momento, a resposta é simples: economizar energia. As residências devem usar o chuveiro elétrico pelo menor tempo possível, apagar as lâmpadas ao sair dos cômodos, passar a roupa de uma só vez, evitando ligar e desligar o ferro elétrico muitas vezes, ou seja, é recomendável que todos contribuam com ações para economizar. É momento muito crucial!


Já é possível observar o movimento das indústrias em resposta à crise. Muitas estão tentando diminuir os prejuízos, principalmente com a utilização do gerador a diesel nas horas de pico, das 17h às 21h. Vale lembrar que tanto faz gastar energia ao longo do dia ou à noite; estamos gastando do mesmo modo, ou seja, consumindo água dos reservatórios. No entanto, o consumo de energia fora da hora de pico, há menos riscos de haver blecaute. Hoje temos a bandeira vermelha, que é meio de encarecer a energia elétrica e forçar o consumidor a economizar, isto é, para segurar um pouco o reservatório, é necessário subir a conta de energia. Portanto, vamos tomar cuidado, vamos colaborar! Deve haver esforço global, tanto por parte do governo quanto dos consumidores para tentar evitar colapso maior, além de torcer por grandes volumes de chuvas a partir de setembro para diminuir o deficit nos reservatórios.


Edval Delbone é graduado em engenharia elétrica, mestre em engenharia elétrica, doutor em engenharia elétrica, coordenador do curso de engenharia elétrica e professor de conversão de energia, sistemas de potência e laboratório de acionamentos elétricos no Instituto Mauá de Tecnologia.


PALAVRA DO LEITOR

Ferroviários
Em 2021 e 2022, zero de reajuste. Soma-se a isso o fato de a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) ter encerrado as negociações sem tentar buscar denominador comum, acordo, para evitar a paralisação. Os ferroviários protestam ainda contra o calote do governo do Estado e CPTM, que deixaram de pagar as duas parcelas do PPR 2020 (acordo devidamente assinado com os sindicatos e não cumprido), que deveriam ter sido pagas em março e junho de 2021. Basta de prejuízos! Os ferroviários já vêm acumulando prejuízos desde a data base de 2020, quando também não tiveram reajuste salarial. Essa é a política do governo de São Paulo: achatar os salários e tirar direitos!
Rosangela Vieira
Santo André

Eu avisei!
Com pesar, mais uma vez tudo acabou em pizza na FUABC. Infelizmente a desonestidade valeu a pena (Política, ontem). O fura-fila da vacinação não é ‘só’ se imunizar primeiro. É, de repente, fazer com que outra pessoa sem imunização morra. Os dias vão se passando e a honestidade vai ficando para trás, vai se tornando algo obsoleto. Estamos próximos do fim.
Robson Albuquerque da Costa
Santo André

Lembranças
Nasci na Rua Javaés, 182, na Vila Assunção, em Santo André, e tenho muitas reminiscências do meu tempo de petiz, quando vivia sob a égide dos meus amados e saudosos pais. Saudades do Armazém da Dona Neusa, na Vila Assunção; da Igreja Matriz de Santo André, onde fiz a primeira comunhão; da banca de jornal do segundo largo; da feira livre na Rua Dr. Antônio Álvaro; do Grupo Escolar Professora Hermínia Lopes Lobo e dos professores Benedito, Sirlei da Silva Brumatti e Iris Bitencourt de Souza; da família da saudosa vizinha dona Natividade; do Jamegão, taxista do Ponto Carlos Gomes, depois transferido para o Ponto Senador, na Rua Senador Flaquer, onde meu pai provia sua numerosa prole, com o ofício de motorista de táxi; do porteiro do Cine Carlos Gomes, sempre com a tez avermelhada; do alarido das porteiras da Estação de Santo André, ao abrir e fechar; do apito das fábricas; da construção da Avenida Perimetral, que mudou a paisagem urbana; da inauguração do Teatro Municipal, do Teatro de Alumínio, do Stúdio Center, do Teatro Conchita de Moraes.
João Paulo de Oliveira
Diadema

Futebol se joga!
O pensamento do atual capitão da Seleção resume bem o atual desinteresse do povo com o futebol brasileiro. Disse ele: ‘Final não se joga, se ganha’ (Esportes, dia 6). Saudades de um Mauro Ramos de Oliveira e um Carlos Alberto Torres. Em primeiro lugar, futebol é coração e emoção, depois vem o resultado. Arrisco dizer que a maioria esmagadora dos torcedores, que gostam de futebol, pensa o contrário do capitão: ‘Futebol tem que ser bem jogado e fazer bem aos olhos’. A vitória é consequência. Quem viu o futebol de outrora tem a Seleção de 1982 na memória, ao passo em que, a de 1994, que levantou o caneco, temos enorme dificuldade em citar nome de cinco campeões. A continuar com essa filosofia, teremos cada vez estádios mais vazios e desinteresse pelo chamado esporte bretão. Hoje ganha-se muito (alguns) e joga-se pouco. Bom lembrar que os jogadores atuais estão em nível muito aquém de Garrincha, Zico, Falcão, Gerson e um tal de Pelé. Pena tratarem o esporte que já foi paixão nacional dessa forma. Àqueles que vivem do futebol, acordem, antes que seja tarde.
Mauri Fontes
Santo André 




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