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Felipe Bardi entre os homens mais rápidos do mundo no Japão

Velocista do Sesi Santo André disputará provas dos 100 m rasos e dos 4 x 100 m na Olimpíada

Dérek Bittencouirt
Do Diário do Grande ABC
17/06/2021 | 00:01
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Wagner Carmo/ CBAt


O que você consegue fazer em 10s10? Metade deste tempo, por exemplo, utilizou para ler estas duas frases. Já Felipe Bardi correu a prova dos 100 m rasos no Campeonato Sul-Americano de Atletismo, no Equador, para garantir pontos suficientes, alcançar o segundo lugar no ranking continental e se qualificar para os Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, entre julho e agosto. Natural de Americana, o jovem de 22 anos treina no Sesi Santo André há sete anos, motivo que o fez se mudar para a cidade do Grande ABC. E essa classificação para sua primeira Olimpíada é justamente fruto dos treinos seis vezes por semana sob comando do técnico Darci Ferreira da Silva. Hoje, inclusive, ambos embarcam para Portugal, onde a Seleção Brasileira fará uma escala para treinamentos antes de seguir para território japonês, provavelmente daqui três semanas.

Campeão mundial escolar dos 200 m em 2016, competição para a qual se classificou após vencer o Brasileiro em Recife, recorda que o atletismo surgiu de forma lúdica quando tinha 8 anos. Porém, passou a treinar, foi convidado a estudar no Sesi de Americana e logo veio para a unidade andreense, pela qual alcançou suas marcas atuais. “É meu primeiro ano na categoria adulta profissional. Até o ano passado eu competia na categoria sub-23. Nos Jogos do Rio (2016) fiquei um pouco longe (das marcas), então treinei mais forte para Tóquio. O ciclo foi bom e deu certo”, comemora Felipe. “A primeira (Olimpíada) a gente nunca esquece. É um sonho”, complementa o velocista, que projeta mais três Jogos para o currículo.

Na prova olímpica dos 100 m, Felipe Bardi sonha em, ao menos, chegar à final, na qual poderá enfrentar os homens mais rápidos do mundo, casos do norte-americano Justin Gatlin, do sul-africano Akani Simbine, do britânico Zharnel Hughes, do jamaicano Yohan Blake e do canadense André de Grasse. “Quero chegar na final olímpica. E, se chegar, há chances reais também, porque, se já estiver na final, conseguir pódio é detalhe”, crava.

Além dos 100 m, o velocista integrará a equipe brasileira do revezamento 4 x 100 m junto de Rodrigo do Nascimento, Derick Silva e Paulo André Camilo de Oliveira. Nesta prova, o País tem certa tradição, inclusive com uma prata em Sydney-2000 e um bronze em Pequim-2008. “A gente tem chances reais de medalha nos 4 x 100. Estamos treinando e esperamos essa medalha”, projeta Felipe, que conta que alguns dos responsáveis pelas glórias brasileiras servem como mentores. “O Vicente Lenilson, André Domingos, Claudinei Quirino e Edson Luciano conversam comigo, passam tranquilidade, que não podemos apavorar. São heróis olímpicos”, revela Felipe, que admite recorrer a Robson Caetano, bronze nos 200 m em Seul-1988. “Me dá muitos conselhos.” 




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