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Terça-Feira, 23 de Abril de 2024

Covid-19 e a logística das vacinas
Do Diário do Grande ABC
15/06/2021 | 23:59
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Pensar em toda a cadeia que envolve vacinas contra a Covid-19 no Brasil é esbarrar em problema inicial que impacta na logística e no transporte: a regionalização dos depósitos. Considerar único hub traz ganho na gestão, contudo gera ponto de tensão a mais para o quesito da logística, que passará a ser muito mais exigida durante o processo de distribuição para Estados e municípios. Vimos a complexidade que foi o envio das primeiras unidades direto do centro de distribuição logístico do MS (Ministério da Saúde), em Guarulhos, voos atrasados e cancelados, obrigando alguns Estados a contratar e utilizar aviões executivos (o que encarece a operação) para assegurar a entrega das vacinas.


Considero boa estratégia a criação de centros secundários nos Estados, amparados por robusta plataforma de gestão, permitindo visibilidade em tempo real de posições de estoques, movimentações, validades, temperaturas e demais informações relevantes sobre vacinas, rastreado por data loggers (registrador de dados), que otimizaram todo o processo e preveem manter a qualidade técnica e estrutural de todos os produtos. O segundo alerta que faço é para o cumprimento e respeito aos ranges de temperatura indicado por cada laboratório fabricante. Com todo o aparato tecnológico necessário, o MS mitigaria riscos como perdas dos produtos em decorrência de excursões de temperaturas no armazenamento e transporte, movimentações e até mesmo prazo de validade curto.


Já o terceiro ponto, não menos importante, mas que apresenta a última etapa da operação é o descarte dessas embalagens de armazenamento, sendo a mais comum o isopor. O problema das dispensações não chegou ainda aos holofotes de maneira contundente, mas caso essa tendência siga até o fim da campanha de imunização, teremos gerado passivo ambiental extremamente significativo como descarte e resíduos. E voltando às vacinas, é importantíssimo lembrar que o Brasil, muito embora apresente sim desafios de gestão e logística, é País com um dos maiores programas de imunização e mais eficientes do mundo. São mais de 30 mil unidades na rede pública de saúde capacitadas para atender à população.


Existem empresas nacionais com tecnologias e capacidade produtiva para suportar demandas do MS, Estados e municípios com plataformas de gestão, embalagens e estruturas para armazenar vacinas em todo território nacional, além da capacidade local para produção dos imunizantes via Fiocruz, Butantan e laboratórios privados. Precisamos, porém, de iniciativa integrada, que coloque players públicos e privados para trabalhar em conjunto a fim de unificar suas expertises para ação coordenada em todo território brasileiro em razão de um bem maior.

David Bueno é CEO da empresa Health Tech Shield Company.


PALAVRA DO LEITOR

Subscrevo
Que refrigério ler as missivas dos leitores iluministas Sandro Carvalho (Sugestão), Lucas Bentanal (Estou certo!), Adão Mariano Marão (Fake news), Janaína Novelin (A amizade) e Monique Montanaro (Esqueceu – todas dia 13), publicadas neste prestigioso Diário, que não usam véus e não são rançoso, que – sem titubear – enviaram missivas a esta coluna Palavra do Leitor, deixando patente que o presidente da República Federativa do Brasil é ignaro e tosco. Oxalá mais leitores deste prestigioso periódico enviem missivas iluministas. Fora, Bolsonaro!
João Paulo de Oliveira
Diadema

Voto e contrapartida
Em 2020, votei ‘17’, no capitão Jair Bolsonaro, para tirar o PT e restabelecer a ordem no País. Ouvi a promessa de que pagaria R$ 45 pelo botijão de gás. Exijo pagar este valor, e não os quase R$ 100 que alguns estabelecimentos estão cobrando.
Rômulo Silva
São Bernardo

Instituições!
Há tempos estou para questionar nomeações para cargos de alta importância ao nosso País, em que essas escolhas, embora haja listas tríplices que também trazem dúvidas quanto às escolhas, já têm o escolhido. Algumas dessas escolhas são sabatinadas pelo Senado. Outras são escolhas do presidente, estas todas com cartas marcadas. O órgão principal de justiça – STF (Supremo Tribunal Federal) – é composto por integrantes indicados pelo presidente do momento, e quando ele consegue ser reeleito e ainda fazer o sucessor, temos Supremo, com exceções, que não julga com conhecimentos e a lei que devem obedecer, e sim com os interesses seus e de quem o nomeou. Não se colocam em suspeição quando o acusado é de seu convívio. Então está mais do que na hora de mudar esse tipo de escolha, pois quando há vagas em algumas dessas instituições a vassalagem corre solta sem o mínimo constrangimento. Será que o Brasil tem jeito?
Tânia Tavares
Capital

R$ 250
Na reformulação em estudo do Bolsa Família, o governo deve criar benefício para os órfãos da Covid-19. Conforme levantamento realizado, 35 mil famílias inscritas no Bolsa Família, e que perderam nesta pandemia seu responsável, devem receber valor mensal de R$ 250 – e estendido também para cada uma das estimadas 65 mil crianças que ficaram órfãs, o mesmo valor mensal de R$ 250, até completar 18 anos. Esse programa deve ter custo anual de R$ 196,3 milhões! É vital que esse novo benefício, previsto para 2022, seja aprovado pelo Congresso, já que pode minorar a falta de renda com a morte do responsável pelo lar nesta pandemia. Outro fator importante nesta reformulação é que devem ser incluídas mais 1,9 milhão de famílias, elevando o total do programa para 16,7 milhões.
Paulo Panossian
São Carlos (SP)

Energia solar
Os reservatórios das hidroelétricas estão baixos. Com a profusão de vacinas, a vida voltando ao normal, o consumo de energia elétrica vai aumentar e seu preço já elevou. Os supridores de energia a diesel estão rindo à toa e seus lobbies funcionam para que continue assim. Daí, para prejudicar a concorrência, sua influência para taxar, desestimular o crescimento do fornecimento de energia solar. O Brasil é País tropical, com Sol quase o ano todo, ideal para a energia pura, limpa, nada poluidora que é a solar, mas os lobbies são poderosos e atuantes para que os gastos anuais, superiores a R$ 20 bilhões com diesel, não cessem nem diminuam, só aumentem.
Humberto Schuwartz Soares
Vila Velha (ES) 




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