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Estado vai erguer casas para desalojados do Di Thiene

Reunião avança em discussão para construir unidades habitacionais em São Caetano

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
15/06/2021 | 00:01
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André Henriques/ DGABC


A Secretaria de Habitação do governo do Estado, por meio de seu secretário executivo, Fernando Marangoni, afirmou que as famílias do Edifício di Thiene, que ficava no bairro Fundação, em São Caetano, e que foi demolido pela Prefeitura após desabamento parcial de uma laje, em 2019, deverão ser alocadas em terreno da Enel Distribuição São Paulo na Avenida dos Estados, em trecho entre a Rua do Coral e Rua da Fortuna.

Marangoni fez o anúncio após reunião com o deputado estadual, com domicílio eleitoral em São Caetano, Thiago Auricchio (PL) e também com representantes da Enel, ontem. O encontro já estava marcado na agenda desde a semana passada.

Conforme o secretário executivo, a reunião tratou exatamente do terreno que pertence à empresa de energia para que seja anexada a um trecho de propriedade da Prefeitura de São Caetano. Já há estudo adiantado para o local, mas tanto a administração quanto o governo do Estado não descartam a possibilidade de realizarem levantamento para outros terrenos na cidade.

“A reunião foi com a Enel para que a gente consiga anexar a parte da empresa que fica atrás do terreno, tornando, assim, uma área maior e possível para a produção (habitacional). Então, avançamos muito e a Enel mostrou toda a disponibilidade em nos ajudar. Além disso, temos outras áreas em estudo junto da Prefeitura (de São Caetano)”, declarou Marangoni, ao lado do deputado Thiago Auricchio, em vídeo que foi disponibilizado em redes sociais. “As famílias serão acolhidas nesse terreno ou em outro”, reiterou o secretário executivo.

“Desde o início dos acontecimentos, em 2019, venho tratando dessa situação com o governo do Estado. Infelizmente, é uma pauta que não conseguimos ter tanta celeridade como gostaríamos devido à dificuldade do tema. São inúmeras variantes que discutimos, tudo com muita seriedade e compromisso”, explica Thiago Auricchio.

Ao todo, 102 famílias ficaram desabrigadas após a demolição do prédio em novembro de 2019. Parte dos desalojados conseguiu novas moradias no Interior de São Paulo, mas 84 ainda aguardam resolução do imbróglio para reaver seus lares em São Caetano.

No início do mês passado, 82 famílias invadiram o terreno onde ficava o Edifício di Thiene. A Justiça, entretanto, concedeu liminar para que as pessoas fossem retiradas do local. Na ocasião, durante a ação, houve atrito entre moradores com o possível responsável pelo terreno, mas a situação foi resolvida com ajuda da PM (Polícia Militar) e da GCM (Guarda Civil Municipal). O terreno é de responsabilidade da antiga Sociedade Civil Imobiliária e Incorporadora São Caetano Di Thiene Ltda e está avaliado, segundo informações das famílias, no valor aproximado de R$ 16 milhões.

Na semana passada os moradores do Di Thiene invadiram imóvel do Cras (Centro de Referência de Assistência Social) Heloísa Pamplona, também no bairro Fundação. Cinquenta moradores acamparam no local até o dia 5 de junho, quando decisão da Justiça deu a posse para a Prefeitura de São Caetano.




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