O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), admitiu que sua mulher, a primeira-dama e presidente do Núcleo de Inovação Social, Ana Carolina Barreto Serra, está na lista do governo como potencial candidata a deputada na eleição do ano que vem, mas assegurou que a definição de postulantes com apoio do Paço será feita somente após avanço do processo de vacinação.

“Ela é um dos nomes colocados pelo trabalho que faz, pelo desenvolvimento do Moeda Verde, do Santo André Solidária, do banco de alimentos. Naturalmente as pessoas começam a se identificar com ela por todo trabalho feito. Mas não tem nada fechado, não tem definição”, disse o tucano.

Questionado se conversa com Ana Carolina a respeito, o chefe do Executivo brincou: “Eu dialogo com ela todo dia (risos)”. “A gente fala disso sim, aparece (nas conversas). Ela também recebe convites (de partidos políticos), recebeu alguns, inclusive, mas ela é muito focada na questão da cidade. A gente combinou de falar disso com a determinação que merece a partir do ano que vem, quando todo mundo estiver vacinado.”

A possibilidade de Ana Carolina ser candidata a deputada estadual no ano que vem foi revelada pelo Diário em dezembro. Ela, em entrevista ao jornal, reconheceu que o município precisaria ter representantes na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa, embora não tenha se colocado como postulante à ocasião.

Segundo Paulo Serra, somente com o arrefecimento dos casos de Covid-19 será possível bater o martelo se o governo apostará em uma dobrada exclusiva, ou seja, um nome a estadual e outro a federal. Em 2018, ao menos quatro figuras que orbitavam a gestão tucana se lançaram: à época Almir Cicote (Avante, a estadual), Professor Minhoca (PSDB, a estadual), Edson Sardano (PSD, a federal) e Ailton Lima (PSB, a federal).

“Não tem definição. Temos um conceito hoje, nomes que aparecem aqui e ali. Mas nosso primeiro e grande objetivo é vencer a pandemia. Somente depois que todo mundo estiver vacinado é que vamos discutir para valer a eleição”, comentou Paulo Serra, reconhecendo, porém, que políticos do grupo tentam se cacifar para 2022. “Tem o Marcelo (Chehade, PSDB), o Donizeti (Pereira, PV), o Minhoca, o (Fernando) Marangoni (DEM). Nossa cidade se animou. É bom que se anime, havia muito tempo não tinha essa referência.”

Para o chefe do Executivo, o processo de construção de candidaturas a deputado “é natural” e integra o planejamento de “recuperação do orgulho e do protagonismo da cidade”. “As pessoas voltaram a se identificar com Santo André, têm sentimento de pertencimento. A gente tinha perdido isso nos últimos 20 anos. Sou andreense da gema, sei que esse sentimento infelizmente tinha se perdido. Hoje nós resgatamos. E um dos resultados desse resgate é o volume de candidaturas a deputado.”