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Terça-Feira, 23 de Abril de 2024

Morre dona Marlene, comerciante mais antiga do Mercadão do Rudge

Causa da morte não foi informada; ela - na foto ao lado do neto - montou seu açougue junto com a fundação do estabelecimento, em 1968

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
02/05/2021 | 19:43
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Nario Barbosa/DGABC


Morreu a comerciante Marlene Faria José, aos 80 anos, uma das primeiras permissionárias do Mercado Municipal de Rudge Ramos, em São Bernardo. A causa da morte não foi informada pela família ou por funcionários do tradicional açougue que ela comandava havia 51 anos.

Conforme comunicado do estabelecimento nas redes sociais, dona Marlene, como era conhecida, faleceu pela manhã deste domingo (2). O velório está marcado para esta segunda-feira (3), das 12h às 14h, no Cemitério da Vila Pires, em Santo André. A direção do mercado decretou luto.

Dona Marlene foi personagem de diversas reportagens deste Diário a respeito do Mercado Municipal de Rudge Ramos por ser uma das figuras icônicas do local. Ela se instalou em 1968, ano de fundação do Mercadão, depois de vender a loja que tinha com o marido em Santo André. Cinco anos depois, ela ficou viúva e administrou o negócio sozinha. Tinha três filhos à época.

Em 2005, em entrevista ao Diário, dona Marlene lembrava o fato de ter fidelizado a clientela mesmo com o passar dos anos. “Estou na terceira geração de clientes. Há pessoas de São Paulo que vêm visitar a família no bairro e fazem questão de vir aqui comprar carnes”, rememorou a comerciante, que fazia questão de diversificar a oferta de produtos – foi uma das primeiras do Rudge Ramos a já oferecer bifes temperados e preparos mais sofisticados, para facilitar o cozimento.

A última aparição de dona Marlene nas páginas do Diário foi em novembro de 2018, quando o Mercado Municipal celebrou seu cinquentenário. À época, posou para foto com um dos netos, Rodrigo, que havia largado a profissão de veterinário para ajudar a avó no açougue. “Minha avó queria vender, mas meu pai e eu achamos que é um negócio de família, temos de continuar.”

Nos últimos meses, dona Marlene evitava ir ao açougue temendo contágio pelo novo coronavírus.  




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