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Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024

Feliz Dia do Trabalho (remoto?)
Do Diário do Grande ABC
30/04/2021 | 23:59
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O mundo pandêmico trouxe inúmeros desafios e reflexões. Depois de mais de um ano vivenciando essa experiência, uma das perguntas que se impõem para parcela significativa da população é: voltaremos ao nosso escritório ou o home office será oficial? Os mercados globais já entenderam que, sim, os escritórios voltarão e isso deve acontecer a depender das condições de imunização da população à Covid-19. Será o início da esperada retomada. O fim das condições improvisadas do trabalho, com internet ruim, zero ergonomia e o estresse de conjugar as atividades profissionais e pessoais. Para além do desejo dos trabalhadores, as empresas têm percebido que a cultura do escritório, pautada fortemente na colaboração, tem resultados positivos que justificam o retorno.

>Além disso, esse regresso ao escritório tem forte simbolismo, pois representa certa vitória nossa sobre esse vírus que devastou famílias, mercados e nações. Significa que atravessamos a tempestade. Neste momento os líderes globais confirmam que nós não trabalharemos de casa para sempre. Uma pesquisa da empresa KPMG de março de 2021 com 500 CEOs aponta que apenas 17% desses líderes pretendem reduzir seus escritórios. Esse número, no entanto, era 70% há um ano.

Isso mostra que os escritórios permanecerão espaços-chave para o trabalho colaborativo e a construção de culturas e carreiras, ainda que algum grau de flexibilidade seja permitido. No entanto, os escritórios não devem mais ser os mesmos: a pandemia indicou tendências como o foco na sustentabilidade, na qualidade de vida e no bem-estar das pessoas. E para atender essas demandas, os espaços de trabalho devem passar por reformulações. Devemos ainda estar atentos porque, no Brasil, a equação entre a oferta e a demanda pelos espaços que representam essa retomada pode não fechar.

A oferta projetada de novos escritórios é bastante limitada: nos últimos dez anos São Paulo entregou em média 267 mil m² por ano. A projeção de novas entregas dos próximos cinco anos é metade da média histórica. Já no Rio de Janeiro a projeção é de que apenas 49 mil m² serão entregues nos próximos anos, equivalentes a menos de 3% do estoque total de ativos.

Outro dado chama a atenção: São Paulo possui estoque de escritórios de primeira linha menor do que aquele da região norte-americana de Minneapolis, com população muito inferior, de 3,6 milhões de habitantes.

As empresas que querem integrar esse time, apostando na força colaborativa dos espaços presenciais e mostrando que superaram a travessia da pandemia, precisam correr. Pois os espaços devem ser disputados.

Carlos Mateos é economista e sócio da empresa Autonomy Investimentos.


PALAVRA DO LEITOR

Faça a coisa certa
Era só o que faltava! A líder indígena Sonia Guajajara e a instituição à qual ela pertence, a Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), foram intimadas pela Polícia Federal por difamarem o governo do perdido Bolsonaro. Tudo porque a websérie dela, que foi vice de Boulos na eleição 2018, faz denúncias de violações de direitos dos povos indígenas nesta pandemia do coronavírus, inclusive levadas ao STF (Supremo Tribunal Federal). O pior de tudo é saber que o pedido de intimação partiu da Funai (Fundação Nacional do Índio), que deveria cuidar dos interesses desse povo, cada vez mais dizimado. Ora, se o governo não quer ser criticado, que faça a coisa certa, gestão honesta, sem corrupção, preserve o meio ambiente, cuide do Brasil. Não é todo mundo que é igual aos ‘bolsominions’ e finge não ver as barbáries do genocida. Sonia Guajajara, estou com você!
Jorge Paulo Fleixas
Diadema


Preocupante
O Parlamento Europeu, em recente reunião, aprovou críticas severas ao negacionismo e à necropolítica do governo Bolsonaro em relação ao combate à pandemia que assola o Brasil e o mundo. No Brasil não há posicionamento adequado, situação por demais preocupante, comprovada pela morte de mais de 400 mil pessoas.
Uriel Villas Boas
Santos (SP)


Censo em 2021
O coronavírus bagunçou o coreto. Os gastos são enormes e a dívida pública beira 100% do PIB (Produto Interno Bruto). É voz corrente que o Censo é de suma importância em 2021, inclusive exigido pelo STF (Supremo Tribunal Federal), mas por falta de recursos não será realizado. A grita é geral. Sugeri a extinção dos desperdícios com os fundos político e partidário, mas, como existe o recurso dos fundos para 2021, que ele seja totalmente disponibilizado para efetuar o Censo. É matar dois coelhos com uma só cajadada: fim dos desperdícios com os fundos e o Censo facilitará as diretrizes dos recursos disponíveis. Certamente nossos patriotas legisladores, em benefício do Brasil, não se oporão.
Humberto Schuwartz Soares
Vila Velha (ES)


FUABC
Quase que diariamente lemos neste Diário os acontecimentos não muito agradáveis na FUABC (Fundação do ABC), comandada por Adriana Berringer Stephan. Os fatos se sucedem, pessoas são trocadas, cidades estão insatisfeitas com os serviços prestados, prefeituras mantenedoras se engalfinham e, misteriosamente, essa moça não é incomodada. A última foi que aliados a ela furaram a fila na vacinação contra a Covid (Política, ontem). E agora? Qual é o mistério por trás da manutenção de diretoria que não vem dando resultados satisfatórios?
Luciano Almeida
São Bernardo


Trabalho
Pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), no mês de março foram criados 184.140 postos de trabalho com carteira assinada, acumulando 837.166 novas vagas neste primeiro trimestre de 2021. Como destaques, os setores de serviços, que criou 95,5 mil postos; construção civil, com 25 mil; e o comércio, 18 mil. Já outra pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a Pnad Contínua, os números são preocupantes. Porque, no trimestre entre dezembro, janeiro e fevereiro, o desemprego subiu de 14,2% para 14,4%, atingindo recorde de 14,4 milhões de pessoas sem trabalho. Em relação a 2020, houve aumento de 19,6% no desemprego, ou 2,08 milhões de pessoas sem trabalho. Porém, especialistas já presumem que nas próximas pesquisas do Pnad Continua o número do desemprego poderá se apresentar maior, porque em março e abril de 2020 o índice foi alto de trabalhadores demitidos em razão da pandemia.
Paulo Panossian
São Carlos (SP) 




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