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Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

Economia
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Holding com sede em São Caetano
Via Varejo muda nome, compra fintech e foca em inovação

Dona da Casas Bahia, companhia está ampliando frentes de atuação com investimento no on-line

Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
26/04/2021 | 15:21
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Divulgação/Via


A Via Varejo, com sede em São Caetano e detentora das marcas Casas Bahia, Ponto, Móveis Bartira e Extra.com, anunciou no último domingo (25) a mudança no nome. Agora, a companhia se chama apenas Via, uma vez que tem como um dos objetivos ampliar a atuação além do varejo. Na mesma data, a holding de capital aberto também informou a aquisição da fintech Celer. Na tarde desta segunda-feira (26), durante evento on-line, as mudanças foram esclarecidas aos investidores.

Roberto Fulcherberguer, CEO da Via, afirmou que a companhia valoriza a inovação e o indivíduo no centro do negócio. “Seremos a plataforma de relacionamento e consumo do brasileiro”, enfatizou. Ele adicionou que 2021 é o ano do marketplace, plataforma mantida por uma empresa onde outros lojistas se inscrevem para vender seus produtos, com soluções financeiras e logística. Vale lembrar que no ano passado, a companhia adquiriu a Asap Log.

Desde 2019, a Via está investindo na ampliação on-line. Contudo, o movimento foi intensificado com o início da pandemia, em março de 2020. Ilca Sierra, diretora de marketing da Via, assinalou que as vendas via aplicativo são 30% maiores do que nas lojas físicas, além de representar 80% das vendas do e-commerce da holding. Outro exemplo é que a companhia lançou no ano passado o ''''Me chama no Zap'''' para vendas via Whatsapp, resultando em mais de R$ 3 bilhões em vendas.

Outra frente que a companhia está atuando é a financeira. Além da fintech Celer, que nasceu como uma plataforma de soluções de pagamento e, atualmente, oferece pacote BaaS (Bank as a Service), ou seja, permite que outras fintechs disponibilizem aos seus clientes uma conta digital integrada a serviços de pagamento, como gestão de cobranças e transferências, como o PIX. Com isso, o serviço da banQi, conta digital onde os clientes das marcas da Via podem, entre outras funções, acompanhar o crediário, será ampliado.

Ainda dentro do banQi, objetivo é lançar a versão shop, onde o cliente pode escolher o produto, a forma de pagamento e efetivar a compra dentro da mesma plataforma. Outra meta é atrair contas de pessoas jurídicas, sobretudo de micro-empreendedores. Ao mesmo tempo, o ''''Via Next'''' foi lançado em março para conectar startups à companhia, trazendo soluções inovadoras. Neste sentido, a startup i9XP, cujo foco é desenvolvimento de tecnologia para o on-line, foi adquirida em 2020.

MAIS MUDANÇAS

Por meio da Asap Log, a Via projeta oferecer ao marketplace serviço completo de logística, do armazenamento à entrega, ainda neste ano. Para o cliente, melhorias que devem ser implementadas são a entrega no mesmo dia e a entrega agendada. Para o segundo semestre deste ano, será disponibilizado o serviço C2C (Consumidor para Consumidor), ou seja, a pessoa pode contratar a empresa para transportar, descartar ou doar produtos.

Também no segundo semestre, a Casas Bahia lançará o programa de fidelidade chamado ''''VIP Casas Bahia'''', que será gratuito e dará benefícios como frete grátis, promoções e cupons, assim como entretenimento gratuito por meio de parceria com o streaming Paramount+ na plataforma recém-lançada Casas Bahia Play.

Na última semana, a companhia anunciou a mudança da marca Pontofrio, que passou a chamar Ponto :>, visando romper o óbvio. “Demos um grande salto, a marca ficou mais jovem, mais moderna e inovadora. E também trouxe mais protagonismo a uma personalidade descontraída, divertida, bem-humorada e focada no digital”, justificou Ilca. A identidade de 160 lojas no País foram alteradas.

BALANÇO

Em 2020, a Via registrou lucro de R$ 1 bilhão ante prejuízo de R$ 1,4 bilhão no ano anterior. Responsável pelas cifras positivas,, a forte aposta nas vendas on-line fez com que o e-commerce representasse cerca de 50% do faturamento. O chamado GMV (Volume Bruto de Mercadorias, na sigla em inglês) atingiu R$ 38,8 bilhões, avanço de 21% ante 2019. Apenas por meio do Whatsapp. e dos 20 mil vendedores que trabalharam virtualmente, foram comercializados R$ 2,8 bilhões.
 




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