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Medida extrema
Com alta de casos, Volpi propõe discussão para lockdown nas sete cidades

Prefeito de Ribeirão Pires acredita que assunto deve ser discutido no Consórcio

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
17/03/2021 | 00:16
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André Henriques/DGABC


O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PL), propõe um lockdown regional no Grande ABC. Com a alta constante de casos de Covid e a ocupação de 100% de leitos no hospital de campanha da cidade, Volpi afirmou que não existe outra solução para o problema que não seja aumentar ainda mais as restrições.

“Não tem mais o que ser feito, se não, vamos continuar a enxugar gelo”, disse ele, que sugeriu a medida ao presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB). De acordo com Volpi, ele deve consultar os outros prefeitos sobre o assunto.“Hoje (ontem) eu liguei para o presidente do Consórcio propondo uma discussão para que nós pudéssemos discutir isso em reunião conjunta”, disse.

A medida seria implantada segundo o exemplo de Araraquara, no Interior, que após registrar índices alarmantes, fechou as portas do comércio entre 21 de fevereiro e 2 de março. Após o decreto municipal, a taxa de transmissão diminuiu 50% na cidade, mas a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) continua em níveis altos (cerca de 94%) – já que os pacientes acometidos com a nova variante têm ficado internados por mais tempo.

De acordo com Volpi, Ribeirão tem média diária de 36 pessoas contaminadas nos últimos 12 dias. “As pessoas estão passando o vírus e eu não tenho como atender. A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) tem hoje (ontem) 18 pacientes com Covid, é praticamente um hospital para tratar a doença. Nosso hospital de campanha está lotado”, desabafou. “Por isso, defendo a paralisação total durante alguns dias, mas não adianta eu fazer isso se Mauá não faz, por exemplo. É complicado.”

Porém, o intuito é que o fechamento seja realizado em dias escalonados. “Pode ser na sexta-feira, sábado e domingo, por exemplo. Uma semana depois, o número começa a cair e, ao invés de ter 36 casos, conseguiria ter 20. Isso ajudaria bastante a diminuir a pressão. Mas também é importante a conscientização da população. Não adianta ficar fazendo churrasco e promovendo aglomerações. Infelizmente, é uma questão cultural, as pessoas só conseguem entender a gravidade quando alguém próximo é infectado.” 




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