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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

A pandemia e os custos na indústria
Por Diário do Grande ABC
15/03/2021 | 19:29
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A pandemia de Covid 19 está impondo uma das maiores provações da história do Brasil. E do mundo. Entre as consequências – muito menos grave do que as milhares de vítimas, sem dúvida – está o desarranjo completo da economia global. Na indústria, a inflação nos preços das matérias-primas é um dos principais prejuízos no momento, sobretudo porque onera toda a cadeia de consumo.

A fabricação de embalagens plásticas, por exemplo, está sendo impactada severamente pela desorganização no circuito de suprimentos, com a falta de oferta dos derivados químicos polietileno e polipropileno no topo das preocupações. De acordo com relatório da Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis),’os preços atingiram patamares jamais vistos até o momento e não há previsão de inversão imediata’. O mundo todo sofre com o cenário e por aqui é ainda mais severo, como tudo o que está relacionado com a pandemia.

O mercado doméstico tem oferta limitada dos produtos e enfrenta há tempos um gargalo nesse sentido que, como tudo na economia, agravou-se com a pandemia. É necessário estimular a entrada de mais fornecedores no segmento para garantir o fluxo e a qualidade esperados em uma área tão sensível. É, portando, dever de casa pós-vacina. No Exterior, o quadro também é de confusão. Nos Estados Unidos, os preços estão subindo pela disparada na procura e, para completar, queda na produção local por causa de forte nevasca no Texas. Na Ásia, além da demanda, os custos são afetados pela alta no petróleo e despesas com a logística que envolvem frete, falta de contêineres e taxas portuárias.

São os efeitos da tempestade perfeita que afeta praticamente todos os setores da economia, que não têm ferramentas para se defender individualmente. O que a indústria de embalagens precisa, como toda a população mundial, são vacinas. Enquanto não houver pelo menos um plano consistente de vacinação, a desordem no mercado vai permanecer e a tendência são custos de produção e para o cliente cada vez mais altos. Os fabricantes estão tentando absorver o máximo para não onerar demais o consumo, mas é impossível não repassar uma parte. Temos emergência de saúde para resolver e a economia também depende disso. Salvando vidas é que vamos preservar negócios e empregos. São necessários união, sacrifícios e todos na mesma direção para sairmos o mais rápido possível dessa crise. Vamos emergir em breve e mais fortes. Mas é preciso agir, com foco no problema real, sem atalhos. Assim, logo estaremos todos bem.


Marcio Grazino é empresário do setor de embalagens plásticas de proteção e diretor da Maximu’s Embalagens Especiais.


PALAVRA DO LEITOR

Sem álcool
Semana passada precisei ir até São Paulo buscar veículo. Tive de usar transporte coletivo, trem e Metrô. Confesso que fiquei assustada ao notar que em nenhuma estação de trem ou Metrô há dispenser de álcool gel. Eles simplesmente não existem ou, se existem, devem estar muito bem ‘escondidos’. Agora imaginemos a gigantesca quantidade de pessoas que passam por esses locais diariamente, que podem levar o vírus para casa. O exemplo deveria vir daí. A história nos mostra que o valor da passagem sempre foi absurdo e que nunca recebemos de volta serviço de qualidade. Mas agora piorou, e só piora, porque, além de mau serviço, corremos risco nas composições. Usei apenas um dia, imaginem só quem precisa utilizar diariamente! Cuidados sanitários é o mínimo que deveríamos encontrar em trens e Metrô. Mas parece que os responsáveis vivem em outra galáxia.
Isadora Seulemar
Santo André


Desacredito
Em relação à reportagem que diz que a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) projeta segunda estação em São Caetano e outra em Santo André (Política, dia 1º), sugiro aos moradores a toda região que não espere por esse ‘milagre’. A reativação da Estação Pirelli é prometida há muito tempo e nada. É apenas mais uma dessas promessas que esperam que acreditemos, mas que existem apenas no papel. O governo do Estado, já há muito tempo sob poder do PSDB, já deu várias mostras de que o Grande ABC não tem a menor importância. Devemos como região tratar o Estado como nos trata, com indiferença.
João Paulo Prado
São Caetano


Esfolando
Preços nos supermercados da região estão pela ‘hora da morte’, como dizia minha avó. Culpa do presidente, que está no poder graças aos que diziam que o problema era o PT. Os supermercados aproveitam e ‘tiram nosso couro’. Tem um aí que se dizia ‘dos trabalhadores, mas que, na verdade, está mais para cooperativa dos empresários e endinheirados. É sempre tudo tão caro nesse lugar. O da rede francesa, então, nem entro mais. Os que têm açúcar no nome – e toda rede – são doces só aí mesmo, porque são extremamente ‘salgados’. E os mercadinhos de vila ‘enfiam a faca’, talvez porque queiram ficar ricos da noite para o dia. Enfim, está difícil sobreviver neste País.
Ana Cláudia Rocha
Mauá


Chega!
Quando li nesta Palavra do Leitor que o STF (Supremo Tribunal Federal) impediu Bolsonaro de tomar providências contra a pandemia (Impedido pelo STF, dia 2), que destrói o País, tive reforçada a minha ideia de que Pelé tinha muita razão quando disse que brasileiro não sabe votar. Queria que esse cidadão mostrasse onde que o STF proibiu o presidente de governar. Quando foi que o STF disse que ele deveria ser negacionista? Foi o STF que o obrigou a brigar com a China? Foi o STF que mandou ele negar as milhões de doses de vacina da Oxford? Foi o STF que mandou ele comprar e estocar milhões de doses de cloroquina? Foi o STF que mandou ele chamar de ‘gripezinha’, ‘maricas’, ‘mimimi’? Amigo, admita que ele é totalmente despreparado, que você votou muito errado e que este é o pior presidente que o Brasil já teve. Chega. Fora, Bolsonaro!
Ítalo Colognezzi
São Bernardo


Perdeu confiança
Hoje não podemos chamar de Suprema Corte esses magistrados que tratam somente de seus interesses ou dos seus apadrinhados, sem respeitar a Constituição e a sociedade, pois perderam o poder de sustentar seus votos e suas palavras, e mudam conforme suas conveniências. Senhores julgadores que votaram contra anseios do povo brasileiro no dia 9 de março no nefasto episódio da rejeição da prisão em segunda instância, em 26 de setembro de 2019, a favor de corruptos contumazes, o povo não perdeu nada! O Supremo foi quem perdeu: a confiança que a sociedade tinha nele! Diante de tanta sujeira devemos nos lembrar do discurso do ilustre e provecto Rui Barbosa, no Senado da República há mais de um século: ‘E nessa destruição geral de nossas instituições, a maior de todas as ruínas, senhores, é a ruína da justiça, colaborada pela ação dos homens públicos, pelo interesse dos nossos partidos e pela influência constante de nossos governos’.
Francisco Emídio Carneiro
São Bernardo


Condenação de Lula
Em minha opinião de leigo sobre assuntos jurídicos, é inadmissível que apenas um dos 11 ministros que compõem o STF (Supremo Tribunal Federal) tenha poderes para anular todas as condenações do ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva, proferidas pela 13ª Vara Federal, de Curitiba, conforma noticia este respeitável e idôneo Diário (Política, dia 9). Será que a equipe de juristas sob o comando do ex-juiz Sergio Moro é tão incompetente a ponto de cometer erros gritantes que deram motivos para o respeitável ministro Edson Fachin conceder o habeas corpus a Lula que, se não for derrubado, poderá facultar ao líder do PT ser candidato a presidente da República em 2022? O que me causa espanto é o fato de sair da cabeça de apenas um ministro a fatídica ideia de inocentar Lula, depois de 580 dias de pena e denegrir a imagem de juízes, promotores e demais funcionários da 13ª Vara, como se todos fossem irresponsáveis. Sugestão aos advogados de Dilma Rousseff: apelem a esse ministro. Quem sabe ele também não resolva anular o impeachment e a ex-presidente volte para cumprir o restante de seu mandato.
Arlindo Ligeirinho Ribeiro
Diadema 




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