Numa declaraçao comum, os ministros de Meio Ambiente de 101 países-membros do Programa das Naçoes Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) constataram que ``apesar dos numerosos esforços realizados com sucesso pela comunidade internacional', os recursos ``naturais que tornam possível a vida na Terra continuam se deteriorando a um ritmo alarmante'.

``Estamos convencidos de que todos os países devem realizar esforços, sob o espírito da solidariedade internacional e o reconhecimento do princípio de responsabilidade diferenciada, proclamada pela Conferência do Rio', em 1992, afirmaram.

O Pnuma joga seu futuro nesta declaraçao que, se nao sair do papel, poderá dar razao aos países que argumentam pela criaçao de uma organizaçao mais eficaz, observaram vários delegados.

A ministra francesa de Meio Ambiente, Dominique Voynet, lançou a idéia de uma Organizaçao Mundial de Meio Ambiente segundo o modelo da Organizaçao Mundial do Comércio (OMC). ``O Pnuma nao está em condiçoes de assegurar a coordenaçao de todas as convençoes no campo do meio ambiente', declarou Voynet.

India, Venezuela, Tailândia, Nigéria e China deploraram também a falta de meios financeiros para o cumprimento da Agenda 21 sobre o desenvolvimento sustentável. ``O cumprimento dos compromissos assumidos no Rio, e depois aqui em Malmoe, especialmente no que se refere ao vínculo estabelecido entre meio ambiente e desenvolvimento, é o principal objetivo deste fórum', afirmou o ministro palestino de Meio Ambiente, Yusef Abu Safié.

``Se nao recebermos a ajuda garantida pelos princípios desta declaraçao, vamos esgotar nossos recursos hídricos em muito pouco tempo', disse Abu Safié, dando a entender que os países mais pobres, que já haviam denunciado em 1998 a falta de compromisso do Pnuma com os países em vias de desenvolvimento, podem questionar sua participaçao nos próximos encontros, se as promessas nao forem cumpridas.