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Quarta-Feira, 24 de Abril de 2024

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Diadema
Neno visa mandato oposto ao da aliada Irene dos Santos

Ex-vereadora, embora petista, era crítica de gestões do PT; atual parlamentar ameniza tom

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
16/01/2021 | 00:40
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Nario Barbosa/DGABC


Corrente interna do PT e tradicionalmente crítica ao próprio partido, a articulação de esquerda voltou a ter representante na Câmara de Diadema e, de novo, sob governo petista, de José de Filippi Júnior. Ex-presidente do Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema), o vereador José Aparecido da Silva, o Neno (PT), integrante do grupo, devolveu cadeira ao coletivo após oito anos.

A última integrante da corrente presente no Legislativo diademense foi a ex-vereadora Irene dos Santos (PT), que exerceu três mandatos consecutivos, entre 2001 e 2012, justamente o período em que Filippi governou a cidade e, por último, Mário Reali (PT). Em suas passagens, a petista imprimiu postura dura frente a decisões partidárias e de governo e, em seu último mandato, praticamente fez oposição à gestão petista ao apoiar greve histórica dos servidores públicos que, posteriormente, foi considerada relevante para o desgaste político que levou a administração Reali à derrota nas urnas.

Curiosamente, desta vez, a corrente passa a contar com representante diretamente ligado ao Sindema. Contudo, Neno sinalizou que vislumbra dar tom diferente ao mandato. O petista indicou que aposta na mudança de postura do governo Filippi para evitar embates como os do passado.

“Vou ser pautado pelas questões sindicais, principalmente do funcionalismo público. A primeira coisa que a gente vai lutar é para que a gente tenha um diálogo, que a gente possa sentar (para negociar com o governo). Já colocamos isso para o Filippi. Esses últimos oito anos, em especial os últimos dois, foram muito difíceis (para o funcionalismo). A partir do momento em que a gente senta e discute, é mais tranquilo, diferentemente do que aconteceu nos últimos anos, que foram tudo na base da pressão”, disse.

Apesar da ligação dos petistas com o Sindema, o histórico guarda relações conturbadas nos governos Filippi e Reali. No petismo, Irene sempre foi crítica à política de alianças do partido e, em 2007, chegou a disputar, sem sucesso, prévias do partido para a escolha do candidato à sucessão de Filippi. Nos últimos anos a ex-parlamentar se afastou da política institucional. Sua última atuação partidária foi em 2016, quando foi indicada candidata a vice-prefeita na fracassada chapa que teve Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), como candidato – ficou em terceiro.




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