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Terça-Feira, 30 de Abril de 2024

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Fusão entre Fiat e Peugeot cria maior montadora do País

Associações para aprimorar tecnologia acirram concorrência inclusive entre empresas da região

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
05/01/2021 | 00:05
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A fusão bilionária entre Fiat Chrysler e Peugeot-Citroën, anunciada no fim de 2019 e aprovada ontem pelos respectivos acionistas, criou a maior montadora do País e a quarta maior do mundo, nomeada de Stellantis.

Negócio de cerca de US$ 50 bilhões passa a reunir 14 marcas, a exemplo de Jeep, Maserati, Alfa Romeo, Opel e Lancia, além das que já estão nos nomes dos grupos que se associaram. No Brasil, significa volume de vendas que supera 400 mil veículos de janeiro a novembro, segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) – dados do ano fechado de 2020 serão divulgados hoje. Para se ter ideia, até então, a campeã de vendas no mercado nacional era a GM (296.339 unidades), seguida da Volkswagen (290.010). O terceiro lugar pertencia à Fiat (282.094).

Considerando o cenário global, ela ocupará a quarta posição, atrás da Volks, de Renault-Nissan-Mitsubishi e da Toyota. As vendas estimadas da nova companhia são de 8,7 milhões de unidades. A sede da Stellantis ficará na Holanda.

Conforme explica o coordenador de MBA em gestão estratégica de empresas da cadeia automotiva da FGV, Antonio Jorge Martins o motivo que levou a fusão, que é somar esforços para ganhar espaço no setor pensando no desenvolvimento tecnológico e de carros elétricos e autônomos, é tendência. “Trata-se de mudança irreversível e significativa no segmento. Como para desenvolver um veículo o custo estimado é de US$ 1 bilhão, e é preciso pensar em escala mundial, às vezes é mais fácil unir esforços”, assinala. “Há muitas empresas do setor que se encontram em estágios diferentes e que vão ter que investir pesado. Então optam por alianças ou não vão conseguir sobreviver. Para a Fiat foi ótima saída, pois ela estava endividada com a compra da Chrysler.”

Neste cenário, a competitividade aumenta, inclusive para as montadoras sediadas no Grande ABC. “O que importa agora é menos a quantidade de veículos produzidas e mais a tecnologia embarcada, se é menos poluente, sua conectividade, se tem veículos elétricos e autônomos”, exemplifica Martins. “E a concorrência inclui gigantes tecnológicas como Google e Apple.”  




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