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Paranapanema avança em negociações com o Scotiabank e firma acordo com o credor

Com a assinatura do documento, banco canadense cancela os protestos existentes e desiste do pedido de falência

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
28/12/2020 | 13:49
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A Paranapanema, que possui fábrica de tubos de cobre em Santo André, firmou um acordo com o Scotiabank Brasil que viabiliza o reingresso da instituição financeira ao grupo dos credores e, assim, abre espaço para o avanço das negociações para reestruturação da dívida da companhia. Com a assinatura do documento chancelado pela matriz no Canadá, o banco canadense cancela os protestos existentes e desiste do pedido de falência - cujos efeitos negativos haviam sido suspensos por determinação judicial - contra a fabricante de cobre, retomando uma agenda conjunta de tratativas, ao lado dos demais nove principais credores

A Paranapanema negocia o pagamento de dívida que totaliza US$ 510 milhões, ou seja, cerca de R$ 2,6 bilhões para dez credores, sendo que o banco canadense é responsável por 7% do montante total de suas dívidas, ou seja, cerca de R$ 182 milhões. Nas últimas semanas, o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá organizou dois protestos em frente a sede do Scotiabank, na Faria Lima, em São Paulo, que chegaram a reunir cerca de 500 trabalhadores da unidade andreense, pedindo a retomada das conversas para a manutenção dos 750 empregos na planta da região. O diretor da entidade Adilson Torres, o Sapão, disse que “este é o maior presente de Natal e Ano-Novo aos trabalhadores”.

"A retomada das negociações, ainda dentro deste ano, foi possível graças ao empenho de nossos conselheiros, acionistas e dos próprios credores. Estamos trabalhando em uma proposta que atenda a todos os credores", afirma Luiz Aguiar, diretor-presidente da Paranapanema.

Assim, as negociações das dívidas da companhia com seus principais credores financeiros prosseguem, com o objetivo de ser cumpridas no menor prazo possível. “Para isso, neste processo, a maior produtora brasileira não-integrada de cobre refinado, vergalhões, fios trefilados, laminados, barras, tubos, conexões e suas ligas, também tem recebido o apoio de seus principais acionistas. Recentemente, o Grupo Buritipar, um de seus acionistas de referência, ofereceu o lock-up ( bloqueio de negociação, que significa uma restrição que impede venda ou fazer qualquer transação que condicionem a troca do papel no futuro, como empréstimo, garantia ou) de sua participação acionária na empresa, no contexto do seguimento das referidas negociações”, informou a Paranapanema, em comunicado divulgado à imprensa.

"O avanço nas negociações fortalece e amplia a competitividade da companhia, o que é bom para o Brasil e para os mais de 7.000 colaboradores diretos e indiretos da Paranapanema", finaliza João Araújo, presidente do Grupo Buritipar, um dos principais acionistas da empresa. 




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