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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Testamos: Volvo S90 é um autêntico estradeiro de luxo
Por Leo Alves
Do Garagem360
18/12/2020 | 10:18
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A seção de testes do Garagem360 foi dominada pelos carros da Volvo nos últimos meses. O primeiro foi o XC40, carro mais vendido da marca no Brasil, seguido pelo XC60. Para encerrar a temporada de testes em 2020, o escolhido foi o sedã S90, um dos poucos três volumes que restaram no portfólio da empresa sueca. E de todos os carros da Volvo que andei neste ano, ele foi, sem dúvidas, o que mais me agradou ao volante.

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Volvo S90: excelência sobre rodas

Além de precisar desembolsar mais de R$ 300 mil em um carro, quem compra um S90 precisa de espaço. Ele tem 4,96 m de um para-choque ao outro e nada menos que 1,87 m de largura – descontados os espelhos retrovisores. Esse tamanho todo faz com que o sedã fique um pouco para fora da maioria das vagas de garagem, com a traseira ocupando o espaço após a marcação.

Mesmo com o porte gigantesco, ele é um veículo de desenho equilibrado, como todos os modelos modernos da Volvo. A dianteira ostenta o martelo de Thor nas luzes de rodagem diurna em LED dos faróis, enquanto que a traseira tem um caimento suave da coluna B até a tampa do porta-malas. O resultado é um carro elegante, mas com um certo toque esportivo e que chama a atenção no trânsito.

Ao abrir a porta do motorista, o que se vê é uma cabine extremamente luxuosa e bem acabada. Há couro, metal e detalhes que imitam madeira por todas as partes. O luxo pode ser visto até mesmo na manopla do câmbio automático de oito marchas, já que ela é feita em cristal assinado pela marca Orrefors. Já o sistema de som é assinado pela grife Bower & Wilkins.

O habitáculo também é gentil com seus ocupantes, proporcionando espaço abundante para quatro adultos. Só não leva bem cinco pessoas por conta do túnel central alto que rouba espaço para as pernas de quem senta no meio do banco traseiro. Os demais, em compensação, podem até cruzar as penas durante a viagem – exceto o motorista, já que por mais que o carro tenha condução semiautônoma, o recomendável é manter a atenção na direção em todos os momentos.

Estradeiro nato

Com todo o conforto a bordo, o Volvo S90 é um carro para se viajar 2 mil km sem nem sentir o cansaço. Infelizmente a pandemia da covid-19 me impediu de fazer algo assim, mas vontade não faltou. Em nenhum momento eu me senti cansado ao volante. Só sentia vontade de dirigi-lo cada vez mais. Além do conforto e espaço, o carro mima os ocupantes com ar-condicionado de duas zonas e com saída de ar para a traseira nas colunas das portas. Quem viaja na dianteira tem bancos com ajustes elétricos e com memória, sem contar os sistemas de ventilação e aquecimento. Só faltou um massageador, mas acho que já é pedir demais.

Quem conduz tem o já citado auxiliar semiautônomo, que é capaz de fazer curvas e manter o carro na faixa de rolamento. Outras facilidades são o controle de cruzeiro adaptativo e o head-up display, que informa a velocidade do carro no para-brisa na altura dos olhos do motorista. Isso sem contar a direção com assistência elétrica, o volante multifuncional e os ajustes de profundidade e altura. Em resumo: é fácil achar uma posição boa para dirigir o S90, e por isso é difícil sair dele.

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Sob o capô dianteiro habita o conjunto híbrido do modelo T8 Inscription. O motor 2.0 turbo rende 320 cv e o elétrico adiciona mais 87 cv. Somados, os dois oferecem 407 cv de potência máxima, que é mais do que suficiente para empurrar as mais de duas toneladas do sedã. Assim como nos outros dois carros da Volvo testados anteriormente, o S90 também tenta utilizar o motor elétrico na maior parte do tempo. Se tiver carga suficiente, ele manterá apenas este propulsor desde a partida – ao menos que o condutor altere o modo de condução ou escolha a função que utiliza o motor a gasolina para carregar o elétrico.

Rodar na cidade utilizando apenas eletricidade é relativamente agradável no sedã. Por conta do peso elevado, ele não tem o mesmo desempenho que o XC40, por exemplo. Com os dois motores em conjunto, ou apenas com o a gasolina, a história é diferente. O S90 sempre entrega uma boa faixa de potência e ganha velocidade com desenvoltura.

Além da potência abundante, o sedã tem um bom acerto de suspensão, outro ponto que colabora para essa característica estradeira. O conjunto pneumático é firme, mas confortável. Talvez seja um pouco mais mole do que eu considero ideal, mas segura bem a carroceria do modelo em altas velocidades.

Veredito

A versão T8 Inscription é a única disponível no Brasil. Por R$ 362.950, o consumidor leva para a garagem um dos sedãs mais tecnológicos e eficientes da atualidade, sendo capaz de fazer até 21,3 km/l na cidade e 25,6 km/l nas rodovias, de acordo com o Inmetro. Porém, há pontos negativos no carro. Assim como os demais veículos da marca, ele não conta com um carregador que pode ser utilizado nas tomadas brasileiras. Dessa forma, o ideal é ter um wallbox compatível na residência. Outras opções são carregar o veículo em algum eletroposto ou utilizar o motor a combustão para completar a carga. Outros pequenos detalhes são o teto solar sem cortina elétrica, ausência de portas USB na traseira e a direção não ter ajuste elétrico de posição.

Entretanto, para quem busca um modelo neste preço e nesse segmento, trata-se de uma opção a ser considerada. O conforto e o nível de equipamentos do Volvo S90 o colocam como um sério candidato a título de melhor carro avaliado pelo Garagem360 em 2020.

Raio-X

Volvo S90 T8 Inscription

Motorização: 2,0l 16 válvulas turbo de 320 cv a gasolina + elétrico de 87 cv (407 cv no total)

Torque máximo líquido: 65,3 kgfm (combinado)

Transmissão: automática de oito marchas e tração integral eAWD

Dimensões: 4,96 m x 1,87 m x 1,44 m (comprimento x largura x altura)

Distância entre eixos: 2,94 m

Peso em ordem de marcha: 2.031 kg

Tanque de combustível: 60 L

Consumo: 21,3 km/l (cidade)/ 25,6 km/l (estrada) com gasolina (Conpet/Inmetro)

Porta-malas: 500 L

Preço: R$ 362.950

Pontos positivos: espaço interno, conforto e segurança

Pontos negativos: túnel central alto, carregador incompatível com as tomadas brasileiras e ausência de porta USB na traseira

Nota: 9,3




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