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Vidoski reverte punição e será vereador; Parra perde cadeira

Corte reverte indeferimento de registro de candidatura do atual vice de São Caetano; Parra perderá a cadeira

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
07/12/2020 | 18:56
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André Henriques/DGABC


Atualizada às 22h50

Vice-prefeito de São Caetano, Beto Vidoski (PSDB) reverteu o indeferimento de sua candidatura a vereador junto ao TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) e poderá assumir a cadeira na Câmara no dia 1º de janeiro. Seu recurso foi acolhido por unanimidade na corte.

Vidoski teve a candidatura a parlamentar indeferida pela juíza Ana Lúcia Fusaro, da 166ª Zona Eleitoral, sob alegação que ele havia sido condenado por captação ilícita de verba eleitoral na eleição de 2016, quando foi vice na chapa do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB).

O juiz Maurício Fiorito, relator do caso de Vidoski no TRE-SP, acolheu argumentação da defesa do tucano de que a inelegibilidade não poderia ser aplicada porque Vidoski, na condição de vice, não tinha conhecimento dos atos atribuídos a Auricchio. E que, portanto, precisaria ter sua candidatura liberada.

O tucano recebeu 1.921 votos, quinto melhor desempenho na cidade. Com a contabilização de suas adesões, quem perde a cadeira é o vereador Edison Parra (Podemos), que exerce a presidência do Legislativo interinamente, uma vez que Pio Mielo (PSDB), mandatário da casa, está como prefeito em exercício da cidade.

“Sempre acreditei na Justiça, sempre tive certeza daquilo que não fiz. A campanha foi muito dura, com todo mundo saindo para rua falar que não poderia ser candidato e votação expressiva de pessoas que acreditavam na palavra e no projeto. A votação unânime no TRE mostra que nunca tive culpa no processo”, disse Vidoski. “Respeitava a decisão da juíza eleitoral de primeira instância, mas não acreditava que aquilo acontecia. Todo mundo sabia que eu não tinha participação no processo. Estou muito feliz e tranquilo. A tranquilidade é maior porque ser condenado por algo que não fez é uma injustiça muito grande.”

Sobre a possibilidade de recursos da defesa de Parra para reaver a cadeira, Vidoski reagiu. “Muito me estranhou o Parra sair em ataque ao prefeito (Auricchio) na acusação para tentar me atingir. Um cara que sempre foi aliado do prefeito, no primeiro momento que teve acusou o prefeito não a mim. Não sei a linha de defesa dele. Para mim, o problema do Parra não é jurídico, é matemático”, discorreu o tucano, ao falar sobre a votação de Parra – 1.160 votos. Parra perderá a cadeira porque, com a votação de Vidoski, haverá a retotalização dos votos na eleição em São Caetano e, pelo quociente eleitoral, o PSDB terá direito a mais uma cadeira – serão cinco no total.

“Sempre tive mais preocupado com a minha inocência do que com o processo político. O dia que fui indiciado pelo Ministério Público, peguei a ação que a procuradoria propôs e li ao lado do meu filho e da minha mulher. Estava preocupado com a inocência mais do que a vitória política. Logicamente que a felicidade vem porque a vitória veio nos dois pontos. Eu estava preocupado em andar na rua do que ganhar a eleição”, disse.

Vidoski evitou falar de futuro – sua atuação pode ser decisiva na eleição para presidente da Câmara, em 1º de janeiro. “Hoje eu falar de futuro é muito cedo porque não fiz nenhuma ação desde o dia 15. Sempre respeitei e aguardei a decisão da Justiça. Quero muito mais comemorar a eleição no dia 15 do que pensar no futuro. Vou esperar esfriar a cabeça”, comentou ele, que, se a diplomação acontecer em 18 de novembro, receberá o documento no dia em que completará 44 anos. “Vou me dar um presente de aniversário e comprar um terno novo”, brincou o tucano.

Parra não retornou aos contatos da equipe do Diário. A defesa dele deve recorrer da decisão a favor de Vidoski.




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