Paraty, no Rio de Janeiro, costuma ficar agitada no verão com a realização de diversos eventos culturais e festivais. Nesta temporada, a programação está recheada, mas com diversos procedimentos específicos por conta do isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus.
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A agenda local foi adaptada à nova realidade e aos protocolos de segurança impostos pelo programa “Paraty Espera Por Você”. Assim, algumas edições online foram sugeridas pelos próprios organizadores, diante das dificuldades logísticas e o risco representado por possíveis aglomerações.
É o caso da famosa Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), que neste ano terá formato virtual. A 18ª edição do evento será realizada entre 3 e 6 de dezembro.
A programação da Flip terá mesas transmitidas ao vivo em plataforma própria e nas redes sociais da festa. Estão confirmadas as presenças de autores internacionais, como a britânica Bernardine Evaristo (Londres, 1959 – vencedora do Booker Prize 2019) e a colombiana Pilar Quintana (Cali – Colômbia 1972). O brasileiro Itamar Vieira Junior (Salvador-BA, 1979) também estará presente.
Outra novidade é que a Flip Virtual não terá um autor homenageado, como de costume. Em vez disso, serão homenageados artistas que foram levados pela pandemia, como o escritor Sergio Sant’Anna, o compositor e letrista Aldir Blanc e o artista plástico Abraham Palatnik.
Entre os eventos presenciais que serão realizados em dezembro está o Festival Gastronômico de Paraty, marcado entre os dias 4 e 6. Ele será enxuto, porém, com foco na participação online dos chefs convidados, e investirá no circuito gastronômico de alguns restaurantes, que vão preparar pratos especiais e temáticos.
O tema deste ano é “Raízes”, no sentido literal da palavra: mandioca, batata doce, cenoura, beterraba, taioba de dedo. Além dos tradicionais pratos especiais oferecidos pelos mais de 30 restaurantes participantes do circuito, o evento terá aulas-show na Capelinha N.S. das Dores, um dos cartões-postais de Paraty.
Participarão ainda do festival produtores locais, chefs da cidade e artesãos. “Será um evento para saborear, em todos os sentidos”, afirma Georgia Joufflineau, uma das organizadoras do festival.
Descobrir as particularidades que tornam Paraty um lugar extraordinário no mundo, a ponto de ser reconhecido pela Unesco com o título de Patrimônio Mundial, é um dos objetivos das novas exposições da Casa da Cultura de Paraty, reaberta ao público desde 13 de outubro (sob agendamento prévio).
Um dos programas legais na cidade é visitar a Casa, sempre com mostras interessantes e gratuitas. Estão em cartaz: “Paraty, Cultura e Biodiversidade”, “Caminhos do Mar”, “Farinha da Terra”, “Saberes e Fazeres: Armazém Paraty” e “Cirandeiros de Paraty: retratos de caiçaras por um caiçara”.
As exposições mostram uma cartografia de “saberes e fazeres de Paraty”, levando a um passeio pelos antigos armazéns da cidade e mapeando conhecimentos dos povos caiçara, quilombola e indígena. Já na mostra “Cirandeiros de Paraty”, os visitantes podem conhecer o ritmo Ciranda Elétrica, desdobramento da tradicional ciranda, além de conferir os retratos dos mestres e mestras da ciranda de Paraty.
As pousadas de Paraty, em sua maioria, reabriram as portas no segundo semestre, como é o caso da Pousada do Sandi. Com novo projeto de decoração, e uma agência interna para customizar as experiências dos hóspedes, o local conta com 27 quartos em um cenário que mistura o colonial ao contemporâneo.
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