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Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024

O que escolas públicas têm em comum?
Por Do Diário do Grande ABC
02/11/2020 | 23:59
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As escolas públicas com melhor desempenho no Enem são as federais, as militares, e algumas escolas técnicas estaduais. O que essas escolas têm em comum é que são autarquias, ou seja, possuem autonomia administrativa.

Há escolas autárquicas que, por exemplo, colocam professores para dar aulas de reforço em contraturno. Essa é medida muito eficiente para a melhoria de desempenho escolar.

Em reuniões pedagógicas, sempre cogitamos esse tipo de ação, mas a maioria das escolas públicas não tem essa competência, pois exige a contratação de mais professores e, às vezes, remanejamento de turmas etc. Somente as secretarias de educação podem fazer isso.

Até mesmo a maioria das reuniões entre os profissionais da escola é pautada pelas secretarias de educação.

Isso significa que muitas vezes não podemos discutir questões mais urgentes da escola. Em muitos lugares, nem liberar professores para a participação em eventos acadêmicos é possível. Isso afeta bastante a qualidade do ensino. Na prática, a formação continuada oferecida aos professores são meros encontros tutelados pelas secretarias – e de péssima qualidade.

Formação continuada de verdade se faz principalmente em eventos e cursos acadêmicos.

A margem de entraves burocráticos em escolas sem autonomia administrativa é grande. E eles se estendem também à logística e à manutenção física. Às vezes, simples reparo não é feito sem o aval da secretaria de educação – o que pode contribuir na precarização da estrutura física da escola.

Em outras situações, nos empurram tablets ultrapassados e sem condições de uso, sem considerar que a escola tem apenas um datashow para mais de dez salas. Seria melhor comprar datashow.

O grupo das melhores escolas, por serem autarquias, é livre de vários desses entraves burocráticos que prejudicam a escola e também de arbitrariedades dos governantes do momento.

Em qualquer boa instituição pública no mundo, o grau de autonomia administrativa é muito maior que o da maioria das escolas brasileiras.

Isso por razão simples: quem melhor sabe o que deve ser feito é quem está no dia a dia da administração. E esses são profissionais, o que não acontece na maior parte dos casos com secretários e assessores.

As chances de quem está de fora e não é do ramo errar são muito maiores. O resultado está aí para todos verem. A maior parte das escolas públicas do Brasil não é autarquia e é ruim.

Thiago Melo é filósofo e professor na rede pública de ensino do Estado do Paraná. Antonio Djalma Braga Junior é doutor em filosofia e professor da Universidade Positivo.

PALAVRA DO LEITOR

Imoral
Referente às doações por parte dos secretários que compõem os governos municipais (Política, dia 28), de recursos financeiros para a campanha de reeleição para prefeito, pode não ser ilegal, mas é, sem dúvidas, no mínimo, imoral! Pensem nisso na hora de digitar na urna eletrônica seu voto, pois se desejamos mudanças na política, devemos começar na hora do voto.
Thiago Scarabelli Sangregorio
São Bernardo

Louro José
Mais Você está desfalcado e Ana Maria Braga, de luto. Após mais de 20 anos de parceria, Tom Veiga, interprete de Louro José, aos 46 anos nos deixou. O Pai o chamou e ele vai, ao lado de São Francisco de Assis, enriquecer o céu com seu delicado humor e deliciosas receitas.
Humberto Schuwartz Soares
Vila Velha (ES)

Fogos
Não vamos votar naqueles candidatos que soltam fogos de artifício em carreatas e comícios. Os animais e pássaros sofrem com tal atitude insensata, ocasionando traumas nos pequeninos, que não têm nada a ver com as campanhas eleitorais. Ocasionam aos seus donos repúdio contra tais candidatos. Esperamos que pensem melhor na realização de suas campanhas eleitorais. Nossa família não votará neles! #naovoteemcandidatosquesoltamrojoes.
Daniela Vertematti Zemeczak
São Bernardo

Terceira via
Tive a curiosidade de pesquisar no site da Câmara de Vereadores de São Bernardo os projetos apresentados pelo vereador Rafael Demarchi, candidato que se apresenta como a terceira via à Prefeitura da cidade. A maioria dos projetos propostos é relacionada a zeladoria (remoção ou poda de árvores, instalação de placas de trânsito e pontos de ônibus, limpeza de bueiros, calçadas etc). Em quatro anos de vereança, apareceu pouco e realizou pouco. Pesquisarei também os demais candidatos antes de decidir para quem irá meu voto.
Walmir Ciosani
São Bernardo

Destino do Lixo
Que vergonha! Dos 69 candidatos a prefeito nas sete cidades do Grande ABC, 12 não responderam, não sabem responder ou não têm nenhuma proposta para a gestão de resíduos sólidos, conforme excelente reportagem neste Diário (Setecidades, dia 1º). Acredito que uma pessoa, a partir do momento em que almeja disputar cargo público, principalmente no Executivo (municipal, estadual ou federal) deva ter plano de governo para que o eleitorado possa saber o que ele pretende fazer, se eleito for. Infelizmente isso não acontece no Brasil, visto que os postulantes a cargos eletivos estão preocupados mais em ganhar e assumir. E o interessante é que esse tema (Destino do Lixo) é de suma importância para todas as 5.570 cidades brasileiras, que somam 211,8 milhões de habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas). Diante disso, espera-se que os eleitores do Grande ABC pensem bem na escolha do candidato a quem destinará seu voto, pois corre o risco de, a partir de 2021, se deparar com lixo aos montes na frente de suas residências. Isso sem contar ratos, baratas e outros bichos transmissíveis de doenças gravíssimas.
Arlindo Ligeirinho Ribeiro
Diadema

Estados Unidos
Se o democrata Joe Biden vencer a eleição para Casa Branca, nos Estados Unidos, o mundo político ficará mais civilizado! Já que o atual, soberbo e inconsequente presidente Donald Trump em momento algum respeitou os tradicionais parceiros. E menos ainda se aliou à ciência nesta pandemia da Covid-19! Se para os tradicionais parceiros comerciais a provável vitória de Biden será de alívio, para o Brasil, grande preocupação. Jair Bolsonaro, que também faz péssima gestão, infelizmente se aliou cegamente a Trump, declarando inclusive seu apoiou no decorrer da campanha eleitoral. Em pior situação entre os emergentes, o Brasil pode pagar caro por esse caminho diplomático irresponsável e de quinta categoria.
Paulo Panossian
São Carlos (SP)

Cacique
Sinceramente fico em dúvida com relação aos políticos. Será que são tão espertos, como acreditamos, ou seriam ingênuos por acreditar que nós ainda somos povo com memória curta. Este Diário informou que o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, esteve na região para apoiar alguns candidatos (Política, dia 31). Será que o senhor Miguel Heredia, responsável pela agenda, não percebe que candidatos, ao aceitarem apoio desse senhor de triste memória, correm risco de afastar os eleitores? É triste que se recorra a pessoas que não agregam valores éticos e morais para apoiar candidatos. Por ser notícia, ganhou espaço, mas penso que seria salutar que nos manuais de redação de todos os veículos de imprensa tivesse recomendação para que toda vez que alguém citado em reportagem com envolvimento em atos de corrupção isso fosse lembrado com destaque. Seria iniciativa de grande utilidade à sociedade, principalmente para os mais jovens, que não eram nem nascidos quando esses políticos praticaram crimes contra a sociedade.
Roberto Canavezzi
São Caetano
 




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