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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Indústria decolando na turbulência
Do Diário do Grande ABC
24/10/2020 | 00:27
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O mundo atravessa período de perplexidade, no momento em que enfrentamos duros desafios na preservação da vida e da economia. Neste cenário, cabe destacar, sob responsável otimismo, bons paradigmas. Um deles é a Embraer, líder global em aviões de até 150 lugares e única companhia aeroespacial com linha completa de aeronaves comerciais, executivas e militares. Ela enfrenta talvez o momento mais difícil de sua história, de mais de meio século.

Hoje, por motivos óbvios, precisa de crédito para financiar suas exportações e exercer plenamente seu papel de fomento à inovação. O setor aeroespacial brasileiro, do qual é expoente maior, merece políticas públicas eficazes. A pandemia da Covid-19 paralisou o setor aéreo em todo o mundo e contribuiu para a iniciativa da Boeing (já combalida pelas dificuldades com o 737Max) em desfazer unilateralmente o negócio de compra da área de aviação comercial da Embraer.

Isso a colocou em posição desfavorável. Porém, tem evoluído muito e dispõe de base sólida para emergir mais forte da crise. Seu portfólio de produtos é de primeira linha. Ao ampliar investimentos em segurança cibernética, demonstrou que se manterá na vanguarda. Apostou, assim, em ter papel crescente nos sistemas de navegação baseados em dados, muito valiosos para usos civis e militares.

Na aviação executiva, seus jatos da linha Praetor são sucesso mundial. Na comercial, a família de E-Jets é líder disparada do mercado, com número superior a 1.600 aviões entregues a mais de 120 companhias aéreas, em 90 países. Na defesa, além do vitorioso Super Tucano, o KC-390 Millennium é reconhecido como o avião multimissão mais moderno.

Três já foram entregues à Força Aérea Brasileira. Portugal deverá receber seu primeiro em 2023 e outros quatro em seguida, tornando-se país pioneiro em operar o equipamento na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

São muitos os diferenciais da Embraer. Destaco seu departamento de engenharia aeronáutica, reconhecido como um dos melhores do mundo; e sua governança, que que lhe valeu ser uma das poucas corporation (corporação) brasileiras e uma das únicas do setor no mundo a ser incluída no seleto grupo de empresas globais integrantes do Dow Jones Sustainability Indices.

A Embraer é prova de que o Brasil pode recuperar posição de destaque no ranking global da indústria. A companhia mostra estar à altura de qualquer de seus pares. Aliás, o que não deve estar faltando é interesse estrangeiro em associar-se a ela.

Josué Gomes da Silva é presidente da Coteminas, engenheiro civil, bacharel em direito e tem MBA na Universidade de Vanderbilt (Estados Unidos).


PALAVRA DO LEITOR

Campanha
O secretário de Saúde de Diadema, Luis Cláudio Sartori, como os terceirizados citados por Michels (Política, dia 20) têm todo o direito de não fazer campanha para o candidato escolhido pelo chefe do Executivo, por questões ideológicas ou outras razões. Portanto, não seria justo sair pelas ruas da cidade com bandeiras, distribuindo panfletos ou limpar banheiros, como está na gravação que ouvi atentamente. Ao tomar essa lamentável e irresponsável decisão, isso deixa transparecer que Lauro não está confiando em seu candidato a ponto de apelar para esse método tão infame. Deixo claro que quero muito bem ao prefeito Lauro Michels, a quem conheço desde seu nascimento. Mas, desta vez, ele perdeu grande chance de ficar calado e não dizer tantas besteiras, política e juridicamente falando.
Arlindo Ligeirinho Ribeiro
Diadema

Impostos
Deixa-me muito indignado a forma com que a Prefeitura de São Bernardo age em relação à cobrança dos impostos IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e ISS (Imposto Sobre Serviços). Explico: em 30 de setembro fui notificado para pagar o ISS ou à vista ou parcelado em 24 vezes. Mas a soma dos dois tributos dá quase 50% do meu salário, sendo eu aposentado. Não bastasse isso, se, por acaso, atrasasse a parcela, era encaminhado para cobrança extrajudicial. E o que me deixa ainda mais indignado é ver que, por exemplo, na Vila São Pedro, inúmeros sobrados, com até três pavimentos, grandes mercados e lojas não pagam nem R$ 0,01 de IPTU. E isso também no Montanhão e talvez até pelos lados do Alvarenga. Pergunto ao prefeito e demais autoridades: isso é justo? Parto do princípio de que se todos pagassem muitas melhorias seriam aplicadas em educação e saúde, por exemplo.
Copiniano de Souza
São Bernardo

Universidades
Sobre a avaliação do MEC aos cursos universitários na região (Setecidades, dia 21), poderíamos seguir orientações dadas no Editorial deste Diário, nas quais diz que parceria com poder público seria o caminho (Opinião). Talvez, mas não devemos esquecer o recente fiasco da Fundação Santo André, que tinha participação do poder público, era uma das melhores faculdades da região e que, por interferência e ingerência política, foi decaindo e atualmente está rastejando para se manter. Vejo com bons olhos o modelo adotado pela Unicamp, no qual toda formação dos alunos é direcionada ao mercado de trabalho, inclusive nos cursos de pós, mestrado e doutorado. Com isso, obtém patrocínio de grandes empresas do Estado de São Paulo. Será que esses gestores desses poderosos grupos da educação consideram o aluno do Grande ABC menos inteligente e que se contenta com qualquer faculdade ou escola? Estão muito enganados ao fazerem essa péssima distinção. Temos ‘grandes cabeças’ na região, que poderão mudar este País e que estão estudando em várias unidades escolares longe de sua região por oferecerem cursos de melhor qualidade.
Alberto Utida
Capital

UBS Alves Dias
Cada dois meses vou à UBS Alves Dias, em São Bernardo, retirar medicamento controlado (carbonato de cálcio) para minha irmã. Fui dia 19, mas o medicamento estava em falta. Dia 21 liguei várias vezes para me informar e não atendiam a ligação. Nesse mesmo dia fui novamente na UBS e nada do medicamento. Dia 22, novamente não atendiam a ligação. Ontem compareci novamente à UBS e o medicamento ainda estava em falta. Perguntei para a atendente da farmácia por que não atendem a ligação. Falei que tentei o dia todo. Comentei que na unidade do Vila Rosa quando ligo atendem e informam se o medicamento chegou. A atendente, muito grossa e sem o mínimo de profissionalismo, disse para ir na UBS do Vila Rosa. Falei que só na unidade da Alves Dias se retira medicamento controlado. Gostaria de saber qual o órgão responsável da Prefeitura que cuida das UBS, porque o atendimento da Alves Dias deixa muito a desejar. E qual a previsão de chegada do medicamento?
Keiko Sakata
São Bernardo 




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