Leonel Damo (PV), 73 anos, voltou pela segunda vez ao cargo de prefeito de Mauá. Na primeira gestão (1983 a 1988), conta, os limites de atuação do prefeito eram bem mais amplos. Agora, assume com apenas três anos pela frente e sob o desafio de solucionar o megaendividamento da cidade – quase do tamanho das receitas – e os constantes seqüestros de verba que, ele estima, deverão consumir pelo menos R$ 11 milhões no futuro próximo. “Tenho certeza de que nesses três anos vou cumprir o plano de governo de quatro anos.”
Com o cofre vazio, Damo busca governo “pé-no-chão”, mas promete realizações graças ao bom relacionamento com o governador e pré-candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB). “Eu tenho liberdade com ele”, afirma, antes de declarar-se cabo eleitoral de qualquer outro tucano.
Em 30 dias, o prefeito montou o secretariado que, garante, não sofrerá mais alterações. Conciliador, afirma que em breve terá maioria na Câmara Municipal. Nesse processo, evita alimentar atritos com o antecessor interino, Diniz Lopes (PL), e com a oposição declarada. “Não misturo as coisas”, diz.
A mesma postura é adotada em relação ao governo Luiz Inácio Lula da Silva. “Eu não tenho nada de queixa do governo federal. Porque aquilo que tem prometido aqui para o município de Mauá está sendo cumprido.” Segundo colocado no primeiro turno, Damo foi diplomado pela Justiça Eleitoral após a confirmação, pelo Supremo Tribunal Federal, da cassação do registro de Márcio Chaves Pires (PT). “Eu acredito que não vai ter reviravolta nenhuma”, afirma.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.