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Desconhecida luz no fim do túnel
Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
06/07/2020 | 23:50
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Muitas dúvidas cercam o negócio fechado ontem pelo São Caetano com o empresário Fernando Rocha Garcia, que, desde então, é quem manda no futebol do Azulão. Seja por inveja, curiosidade ou puro desconhecimento, recebi uma dúzia de ligações e/ou mensagens questionando a origem do paulistano, até certo ponto desconhecido no meio futebolístico, mas já visto com maus olhos por alguns. Há três anos, a empresa na qual é diretor-proprietário patrocinou a Portuguesa, em parceria que não foi longe. Mas o que mais chama atenção é uma história – que eu já tinha conhecimento desde a semana passada e que me foi enviada por mais de uma pessoa – que aponta um passado obscuro na primeira incursão de Fernando no esporte, quando fundou o Balneário Camboriú FC. No início recebeu, inclusive, moção de agradecimentos na Câmara local, por se tratar do primeiro time profissional da cidade. Depois, porém, a mídia passou a relatar série de problemas, incluindo um calote no ídolo santista e então treinador Pepe.

Ontem, na segunda conversa que tivemos, Fernando Garcia falou a mim sobre este episódio. E, sem entrar em muitos detalhes, se defendeu. “A culpa foi minha. Quando a gente faz sociedade, tenta escolher o melhor. Fiz contrato que dava poder ao meu vice-presidente fazer qualquer coisa. Na minha ausência, ele tomava as atitudes”, começou. “Respondi tudo, não tenho nenhum passivo para trás, assumi todas as responsabilidades, mas aprendi que na vida tem hora que a gente tem de responder à altura e naquele momento eu era muito novo e faltou essa experiência”, afirmou. “Aquilo, infelizmente, é o futebol. Ao todo, 99,8% das pessoas têm essa linha. Então a gente tem de ter cuidado com o que faz, com o que fala. Foi pintada história bem diferente da realidade. Mas acho que não adianta ficar falando muito. Vou mostrar neste São Caetano quem está certo e quem está errado”, comprometeu-se.

Não tenho motivos para não crer no que diz o empresário ou que ele não vá honrar com aquilo que está prometendo. E acreditando, não só em Fernando, como também na pesquisa realizada pelos dirigentes azulinos para aceitarem fechar o negócio com ele, prefiro não julgar antecipadamente. É melhor ter o pensamento positivo e vislumbrar que é uma figura que surge em um dos momentos mais delicados da história do clube, que tem como resolver os problemas financeiros e reconstruir todo o futebol, da base ao profissional. Obviamente tem seus interesses, anseios e objetivos. Mas foi uma luz que surgiu para iluminar as trevas são-caetanenses. Ah, e o novo manda-chuva espera contar com o apoio não só da torcida, como do município. “Se a gente não tem a cidade junto, fica muito difícil fazer futebol ou qualquer outra coisa”, declarou. Assim, só posso desejar toda a sorte. Que as respostas deste projeto sejam honrando os compromissos com jogadores, funcionários e demais prestadores e alcançando os objetivos dentro de campo. Voa, Azulão!

CAUSA NOBRE
Na semana passada publiquei aqui em na página de Esportes sobre o leilão beneficente que vem sendo promovido pela FPF (Federação Paulista de Futebol), com um único objetivo para duas classes diferentes: ajudar com doações tanto entidades (de Paraisópolis e Heliópolis) quanto atletas (homens e mulheres) e árbitros do quadro da entidade gestora do futebol estadual. Vejo esta como uma iniciativa muito bem pensada pela FPF e que conta com a colaboração de clubes, jogadores, ex-atletas, dirigentes e muito mais, tanto no masculino quanto no feminino. E o sogro da lateral-esquerda Tamires, o amigo Mauro de Britto, me enviou mensagem dizendo que a nora também está entre aqueles que enviaram itens a serem leiloados. A jogadora do Corinthians e da Seleção Brasileira mandou um par de chuteiras usadas por ela, que até ontem tinha lance de R$ 450. O atacante ribeirão-pirense Willian, do Chelsea, que enviou uma camisa do clube inglês, que já recebeu oferta de R$ 770.

A coleção de objetos e experiências disponíveis tem mais de 100 itens, oferecidos por Gabigol, Zé Roberto, Robinho, Diego, Juninho Paulista, César Sampaio, Mauro Silva, Cafu, Neto, Marcelinho Carioca, Rivaldo e muitos outros. Há ainda uma camisa do atacante Adhemar usada em jogo do São Caetano pela Libertadores de 2002 (R$ 470); uma camisa do Santo André na final da Série A-2 de 2019, acompanhada da bola daquele jogo, mais a faixa de campeão da Copa do Brasil de 2004 (R$ 900); duas camisas oficiais autografadas pelo elenco do Água Santa (R$ 370); e assistir a uma partida do Azulão no Estádio Anacleto Campanella, acompanhando os bastidores e com direito a uma camisa do clube (R$ 290). Os dois itens com os maiores lances até ontem eram o par de chuteiras que o atacante Neymar utilizou no Paulistão de 2012 (R$ 5.111) e assistir a uma partida do São Paulo ao lado do ex-meia Kaká em um camarote no Morumbi (R$ 5.010). Todos os itens estão disponíveis em leilaofpf.com.br. Colecionadores, fãs ou pessoas que querem simplesmente ajudar, vale a pena! Ah, o prazo para os lances termina às 18h do dia 13.  




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