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Educação
De olho no mercado do futuro

Projeto pretende desenvolver pioneira Escola Municipal de Games em São Caetano

Por Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
27/06/2020 | 23:59
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Pixabay


Os videogames despertam curiosidade por explorar títulos de ação, aventura, esportes, RPG, puzzles, e outras tantas possibilidades. Há quem se apaixone tanto por esse universo que não se contenta apenas em se divertir diante de consoles, computadores, tablets e celulares. A ideia é fazer do hobby um meio de vida e base de uma carreira profissional. O desenvolvimento de games tenta unir esse gosto com informações de tecnologia e programação em uma área que não para de crescer.

No passado, conhecimentos sobre a área estavam separados como extensão curricular ou especialização. A dinâmica e a ampliação de dados com o passar dos anos dentro de um universo tão dinâmico e hi-tech fizeram com que muitas universidades e faculdades abrissem espaço para graduações completas, casos dos cursos de design de games e jogos digitais. A Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos) aponta que o País aparece entre as indústrias emergentes com maior potencial, logo atrás de nações gigantes no setor, casos de Estados Unidos, Japão, Canadá, França e Reino Unido.

O contato com informações, sistemas e plataformas pode surgir de maneira diferenciada em São Caetano. O vereador Edison Parra (Podemos) propõe a criação inédita da primeira Escola Municipal de Games com o objetivo de capacitar jovens do ensino médio. A ideia foi revelada na terça-feira (23), durante a 16ª sessão ordinária da Câmara Municipal, realizada de maneira on-line.

“Conheço um pessoal que faz assessoria para quem desenvolve jogos, mas que tem dificuldade em se tornar empresários do ramo, de transformar o game em um negócio mesmo. Chegamos na ideia de existir uma escola que ajude a molecada de São Caetano e do Grande ABC nesse sentido também. O objetivo seria atender quem quer criar jogos e quem já criou nessa parte e ainda mostrar como vender, ter uma rede, faturar em cima e fazer todo o business”, explica Parra, reforçando que jovens que quiserem usar a tecnologia a favor de seus projetos mais comuns, como vendas de qualquer produto, também poderiam usar os serviços desse centro de educação. 

Segundo dados levantados pela empresa internacional Newzoo, especializada em análise de dados sobre games, o mercado global de jogos eletrônicos deve gerar receita perto de US$ 159,3 bilhões (cerca de R$ 872 bilhões) neste ano, com aumento de 9,3% em relação à temporada passada. Parte dos lucros se deve ao maior interesse pela mídia em meio à pandemia da Covid-19.

O vereador diz que o município tem, atualmente, estrutura para fazer o projeto sair do papel. “A cidade tem bom nível de educação escolar, disponibiliza banda larga de qualidade e a população, assim como ao seu redor, está pronta para consumir essas possibilidades.” O projeto da Escola Municipal de Games ainda será amadurecido para ser colocado para debate entre os políticos locais. “Tenho falado com companheiros e o prefeito precisa dar o ‘ok’ para então encaminhar a proposta para votação na Câmara. Não vejo nenhum item polêmico nem nada que impeça a cidade de caminhar para ter essa escola pioneira”, comenta. Parra também acredita que as ações a serem desenvolvidas pela escola especializada poderão render receita e faturamento para ajudar o município. 




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