Cronograma foi apresentado no início da tarde durante coletiva; escolas vão iniciar com 35% da capacidade
O governo do Estado de São Paulo anunciou em coletiva de imprensa que a retomada das aulas presenciais nas redes públicas e privadas, após o período de suspensão devido à pandemia de Covid-19, deve ocorrer em 8 de setembro. A data é uma estimativa e depende de outras condições, sendo a principal delas, que 100% dos departamentos regionais de saúde do Estado estejam há 28 dias na fase 3-amarela do plano de abertura divulgado pelo governo estadual.
Nesta primeira etapa, as escolas poderão funcionar com até 35% da capacidade física, mantendo o distanciamento de 1,5 metro entre os estudantes adotando o revezamento entre os alunos. Para a segunda etapa, a capacidade será aumentada para 70%. A transição de fase vai depender, novamente, da permanência por 14 dias de ao menos 60% dos departamentos de saúde do Estado na fase 4-verde.
Para que as escola volte a receber 100% dos alunos, 80% dos departamentos de saúde precisam estar há 14 dias na fase 4-verde. Se houver regressão dos departamentos de saúde para fases anteriores, onde o nível de atenção com a pandemia for maior, as aulas podem ser novamente suspensas. Durante todo o período, a orientação é que o ensino à distância continue, para atender os alunos que ainda não voltaram, bem como para professores e estudantes de grupos de risco, que devem voltar apenas na última etapa.
Diversas medidas de higiene serão adotadas, como uso obrigatório de máscaras durante todo o período de aula, bem como no transporte escolar. Individualização do fornecimento de água potável, sem compartilhamento de utensílios como copos, reforço da limpeza das áreas coletivas, maior frequência da retirada do lixo, revezamento nos horários dos recreios, entre outros.
Em agosto, as equipes gestoras e o corpo docente das escolas deverão passar por treinamento e capacitação. O retorno às aulas será marcado, segundo o secretário de Educação, Rossieli Soares, por acolhimento socioemocional dos alunos, recuperação e aprofundamento do nível de aprendizado, e prevenção do abandono e da evasão escolar. Aos alunos do ensino médio, será ofertado em 2021 um quarto ano opcional, para recuperação do conteúdo e melhor preparação para o vestibular.
Rossieli afirmou que a recuperação da perda de aprendizado ocasionada pela quarentena deve levar de dois a três anos. Mesmo com a realização paralela de aulas online e presenciais, o secretário descartou a contratação de novos professores. Com relação aos professores eventuais, que estão sem salário desde a suspensão das aulas nas unidades escolares, o secretário afirmou que o governo estuda alguma forma de remuneração e destacou que com o retorno dos alunos, eles terão papel fundamental.
Cerca de 13,3 milhões de alunos deixaram de frequentar aulas presenciais em todo o Estado, considerando a educação infantil, ensino básico e superior, o que corresponde a cerca de 29% da população do Estado. O decreto sobre o retorno das aulas será publicado em 02 de julho e caberá às prefeituras publicar decretos regulando o retorno das aulas em suas redes, bem como definindo quais alunos farão parte da primeira fase da retomada.
Caberá à cada rede estabelecer os critérios específicos para o retorno dos estudantes e definir as medidas, dentro do protocolo estabelecido pelo governo estadual, especialmente com relação à educação infantil. Nos próximos dias, será divulgado protocolo e cronograma de testagem dos profissionais das escolas e creches, estabelecendo uma comunicação direta com as unidades básicas de saúde mais próximas dos equipamentos escolares.
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