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Com UTI cheia, Diadema recorre a hospital privado

Prefeitura investe R$ 3,7 milhões para alugar dez leitos de emergência no Hospital Dom Alvarenga, na Zona Sul de São Paulo

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
21/05/2020 | 23:24
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Celso Luiz/DGABC


O sistema de saúde de Diadema está à beira do colapso. A cidade já utiliza um dos dez leitos particulares de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) recentemente alugados no Hospital Dom Alvarenga, na Zona Sul de São Paulo, em contrato que custou R$ 3,7 milhões aos cofres municipais. O socorro foi necessário porque os 20 leitos de emergência separados para tratamento da Covid-19 já estavam lotados. A Prefeitura não informou qual o prazo da contratação.

De acordo com a administração, além dos 21 internados nos 30 leitos de UTI agora à disposição, a cidade também tem 61 acomodações de enfermaria destinadas exclusivamente para o atendimento de pacientes com novo coronavírus, sendo que 45 (74%) estão preenchidas. A cidade contabilizava, até ontem, 677 casos da doença e 71 mortes.

Em 19 de maio, o Diário mostrou que o secretário de Saúde da Capital, Edson Aparecido (PSDB), alertou para sobrecarga no sistema de saúde do município e reclamou da exportação de pacientes de Diadema, que faz divisa com a Zona Sul paulistana. Em entrevista à CNN Brasil, Aparecido destacou que o sistema de saúde de São Paulo poderia entrar em colapso nas próximas duas semanas e que nos primeiros dez dias da pandemia o Hospital Sabóya, no Jabaquara, recebeu 168 munícipes diademenses.

A Prefeitura de Diadema rebateu a afirmação e informou que, segundo dados do Ministério da Saúde, de abril de 2019 a março de 2020, foram realizadas 151 internações de munícipes de Diadema no Hospital Saboya. “Ou seja, os dados correspondem ao período de aproximadamente um ano. Em contrapartida, no mesmo período, Diadema internou 1.265 moradores da Capital, o que corresponde a 10,2% do total de internações no município”, relatou a administração em nota.

Diadema alega que aguarda recursos do governo estadual para implementar hospital de campanha no Quarteirão da Saúde. Em vídeo publicado em sua rede social em 10 de abril, o prefeito Lauro Michels (PV) falou que a estrutura provisória poderia ser instalada no equipamento municipal, em área de 2.000 metros quadrados, onde deveria funcionar a unidade da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, com 103 novos leitos, incluindo UTIs. Segundo Michels, o recurso para instalação do equipamento foi solicitado ao Palácio dos Bandeirantes.

O governo do Estado, por sua vez, informou que já repassou ao município R$ 4,2 milhões para o combate à pandemia de Covid-19 e que esse recurso poderia ter sido utilizado para instalação do hospital de campanha. Michels tem defendido que o montante foi destinado para compra de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e criticado o governador João Doria (PSDB) por não apoiar a cidade. 




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