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Diadema vive expectativa de reabertura do comércio

Prefeitura vai divulgar em novo decreto quais segmentos podem voltar a funcionar; maioria das lojas segue fechada

Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
22/04/2020 | 12:14
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Aline Melo/DGABC


 A cidade de Diadema vive a expectativa pela reabertura do comércio. O prefeito Lauro Michels (PV) se pronunciou na segunda-feira de noite por meio de sua rede social e afirmou que vai publicar hoje um decreto flexibilizando as medidas de restrições. Até o momento, apenas bancos, estabelecimentos que comercializam alimentos, farmácias, serviços de manutenção em geral (automóveis, motos, aparelhos celulares, eletrodomésticos etc) e serviços ligados à saúde (fisioterapia e dentistas, por exemplo) podem funcionar. A cidade vai ser a primeira da região a flexibilizar as medidas de isolamento físico.

A reportagem do Diário esteve essa manhã nas principais ruas do centro e constatou que apesar da imensa maioria das lojas estarem fechadas, é grande o número de pessoas circulando. Na Avenida Antonio Piranga, endereço de muitas agências bancárias, as filas eram enormes e muitas pessoas estavam sem máscara e sem observar a distância de um metro e meio de outros indivíduos.

Flagramos um box vendendo roupas, segmento que ainda não tem autorização para funcionar, e a proprietária reconheceu que está fora do que diz o decreto em vigor. “Preciso trabalhar, então estou tentando a sorte”, relatou a mulher, que não quis se identificar. Na Avenida São José e na Rua São Judas Tadeu havia lojas de roupas e de móveis com apenas uma porta aberta, até a metade, e cartazes informando sobre atendimento via whatsapp e plantões de vendas. A administração municipal não esclareceu se esse procedimento é permitido.

Em nota, a Prefeitura de Diadema informou que o detalhamento sobre reabertura do comércio será divulgado após publicação do decreto. Entre os moradores, as opiniões sobre a decisão do governo municipal de reabrir parte do comércio a partir de amanhã está dividida.

A manicure Rute de Cassia Silva Felipe, 27 anos, mora na Vila Elida e estava no centro para ir ao banco. Mãe de um bebê de apenas um mês, a jovem está afastada do trabalho por licença maternidade e avalia que a reabertura do comércio acontece no momento inadequado. “As pessoas não estão respeitando a quarentena, é só ver a quantidade de gente na rua”, afirmou. O bartender Melken Alves Ribeiro, 21, está sem trabalhar desde o início da quarentena no Estado, em 23 de março, mas acha que as medidas ainda não foram rígidas o bastante. “Tinha que ser mais duro”, afirmou.

O motorista Givanaldo Paz Melo, 45, mora no Guacuri, divisa com São Paulo, e esteve no Centro para ir à casa lotérica. Na sua avaliação, o comércio já deveria ter sido reaberto e as medidas adotadas até agora são exageradas. “Tem que ficar em isolamento quem está doente, quem tem os sintomas. Testa todo mundo e deixa o trabalhador voltar para suas atividades”, defendeu. “Do jeito que está, vão morrer mais pessoas de fome do que por doença”.


A secretária executiva Cleo Vieira, 47, também é contra a reabertura. “Entendo que os comerciantes precisam trabalhar, mas o Hospital Municipal já está cheio, não tem respiradores para todo mundo. Quando abrir o comércio, vai ter mais gente ainda circulando. Isso é muito preocupante”, pontuou.




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