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Decisão
Doria prorroga quarentena até dia 22

Governador pede que empresários apoiem o isolamento e não façam demissões durante a crise pelo coronavírus

Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
06/04/2020 | 12:28
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Divulgação


O governador de São Paulo João Doria (PSDB) acaba de anunciar a prorrogação da quarentena por mais uma quinzena: de quarta-feira (8) até o dia 22. A decisão foi tomada, ressaltou, após pareceres da classe médica e cientifica recomendarem a continuidade do isolamento para combater a disseminação do coronavírus. As prefeituras têm de seguir a determiação do Estado e têm poder de polícia para evitar aglomerações.

"Aqueles que incentivam a vida normal, aqueles que me pressionam para que possamos agir contra os meus princípios e os da medicina. A eles pergunto: ''Vocês estão preparados para assinar o atestado de óbito, carregar os caixões das vítimas do coronavírus? O governo do Estado de São Paulo vai continuar agindo com base na ciência, na medicina.Nós vamos proteger vidas. Depois de salvar vidas vamos salvar a economia", ressaltou o governador. Caso haja desobediência à determinação, acrescenta, pode a pessoa pode ser levada à delegacia por medida coercitiva e até ser presa. "Mas quero crer que a população vai obedecer o isolamento."

Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, mostrou que as medidas de afastamento são importantes em números. "Para a redução mais intensa, um afastamento social mais efetivo, o efeito na taxa de transmissão tem de ser superior a 75%. Quanto mais se aproxima de 100% mais mostramos que a iniciativa é efetiva." Por isso, acrescenta, é importante esse isolamento total para amenizar a epidemia. "Se não tivéssemos feito medida de isolamento até agora, estaríamos no dia 13 de abril com cerca de 5 mil óbitos. Com as medidas esperamos chegar lá com 1.300 óbitos", ressaltou. Até o momento são 451 óbitos.

Doria também clamou para que empresários façam o possível para não demitir os funcionários durante o período de crise. "Compreendo a dimensão às restrições e dificuldade empresarial de um momento como esse. Mas parte do sentimento de um bom empresário é a retribuição social, a sua capacidade humana. Tem de lembrar que sem aqueles que são funcionários não teriam chegado até onde chegaram. Mais do que nunca seus funcionários esperam isso de vocês. Não demitam." Segundo ele, pela manhã estava em reunião com Comitê Empresarial Solidário, cujos empresários - um total de 60 - doaram R$ 218 milhões de reais para comprar sexta básica para comunidades mais pobres.




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