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Pânico
Máscaras somem das farmácias da região com coronavírus

Epidemia provoca venda em massa do acessório; em Sto.André, uma só cliente comprou 30 unidades

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
27/02/2020 | 23:00
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Celso Luiz/DGABC


Após a confirmação do primeiro caso de coronavírus no País – um homem de 61 anos, em São Paulo, que recentemente esteve na Itália –, cresceu a procura por máscaras em farmácias do Grande ABC. Tanto que alguns estabelecimentos já avisam os clientes que os estoques do produto se esgotaram.

Caso da Farmácia Santa Luzia, localizada na Vila Assunção, em Santo André, que já vendeu todo o estoque de máscaras. “Eu compro uma caixa de 100 unidades e vendo uma média de quatro por semana. Só hoje (ontem), vendi as 30 unidades que estavam no estoque, de uma vez para mesma pessoa”, afirmou o farmacêutico Deivis Scotti, completando que as máscaras eram “para pessoas que tinham feito alguma cirurgia ou com imunidade baixa”. “Nesta semana, por causa do caso do coronavírus confirmado, começou a procura. Uma senhora queria levar 100 unidades”, disse Scotti. Ele relatou que a procura continua, mas o produto acabou no fornecedor.

A compra por álcool em gel também aumentou no estabelecimento. “Eu tinha 24 no começo da semana. Hoje (ontem) só tenho três unidades. A média de venda é de um por semana”, comparou. A equipe do Diário esteve ontem também na Extrafarma, em Santo André, onde não havia mais máscara disponível para venda – o dono do local não quis comentar o caso.

A cirúrgica Assunção, andreense, informou ao Diário ainda possuir caixas com máscaras, mas apenas no material TNT – a N95, de melhor respiração, já acabou. “Tenho vendido 30 unidades de álcool em gel por dia, antes eram duas ou três. Nas caixas de máscaras, vendíamos de cinco a dez pacotes. Nesta semana, foram 50 por dia.” Pelo aumento da demanda, o preço também subiu. Se antes o fardo com 100 máscaras custava R$ 9, agora é comercializado a R$ 38.

Uma parte das máscaras vendidas no Brasil é comprada pronta da China. Outra é fabricada localmente, mas usa insumos produzidos no país asiático. Com o avanço do surto por lá, o consumo interno explodiu e os produtos (máscaras prontas e insumos) deixaram de ser exportados, disse o presidente da Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias). 




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