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Segunda-Feira, 29 de Abril de 2024

Ecstasy: polícia cruza informações
Fabiana Chiachiri
Do Diário do Grande ABC
16/12/2005 | 08:20
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O Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) vai cruzar as informações sobre a apreensão de 1 mil comprimidos de ecstasy feita na madrugada de quarta-feira pela polícia do Grande ABC com outras investigações que estão em andamento. Os dados devem chegar ainda nesta sexta-feira na sede do Denarc, em São Paulo. No entanto, policiais do 1º Distrito Policial de Santo André continuarão investigando possíveis locais onde a droga seria distribuída na região.

“Coletaremos o máximo de informações possíveis sobre a apreensão feita pelos policiais de Santo André e veremos se estamos fazendo alguma investigação paralela. Toda apreensão de drogas que é feita por qualquer delegacia, o Denarc toma conhecimento e faz esse cruzamento. Ainda é cedo para afirmarmos que essa apreensão tenha relação com alguma investigação que estamos fazendo”, disse o delegado operacional do Denarc, Wuppslander Ferreira Neto.

Com a droga apreendida na madrugada de quarta-feira no estacionamento do hipermercado Extra do bairro Bela Aliança, perto da rodovia Anhangüera e do bairro da Lapa, na capital, a polícia prendeu o auxiliar de cozinha Osvaldo Luiz da Silva, 22 anos, o vendedor José Carlos Lopes Júnior, 23, e o ajudante Diego Gomes da Cruz, 18. Eles se negaram a dizer onde a droga seria entregue, mas a polícia acredita que o destino seria os microtraficantes que distribuem os comprimidos em raves (festas de longa duração que reúnem jovens sob o som de música eletrônica) do Grande ABC.

“Geralmente, as pessoas que consomem ecstasy freqüentam as noitadas e têm um poder aquisitivo um pouco maior do que o usuário de maconha, por exemplo, já que um comprimido custa, em média, R$ 50. Mas nossa preocupação não é tirar o pequeno traficante da rua e sim aquele que forneceu essa quantidade de ecstasy para ser distribuídA. Temos informações de diversos traficantes de drogas sintéticas, inclusive no Grande ABC”, afirmou Ferreira Neto.

De acordo com o delegado da Dise (Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes) de São Bernardo, Waldir Covino Júnior, as raves são festas fechadas que não costumam ter muita divulgação. “Quem organiza esse tipo de festa tem conhecimento de que a polícia tem enorme interesse em saber onde e quando será a rave. Esses ambientes são propícios para o consumo da droga, já que normalmente são sítios ou locais afastados”, disse.

Uma das maiores apreensões de ecstasy feitas pela Polícia Civil do Estado de São Paulo foi em abril de 2002, quando foram recolhidos mais de 6 mil comprimidos da droga. O ecstasy, além de provocar alucinações ao usuário, eleva a temperatura do corpo e deixa o consumidor em estado de euforia. A substância geralmente é produzida na Europa, principalmente na Holanda, e chega Ao Brasil pelos aeroportos. De acordo com o delegado operacional do Denarc, Wuppslander Ferreira Neto, toda droga que é apreendida é catalogada. “Temos mais de 500 tipos de entorpecentes no Brasil, mas nunca encontramos produção de ecstasy”, afirmou.




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