A decisao de bloquear os escritórios foi adotada para forçar a empresa a cumprir acordo celebrado para a execuçao de obras de infra-estrutura no assentamento e a liberaçao de R$ 10.000,00 para a construçao de moradias. Segundo Maria Aparecida do Amaral Alves, líder dos manifestantes, originariamente, o assentamento implantado em 1980 era composto de 517 famílias, das quais 211 venderam seus lotes. Para atender os 306 que permanecem, a empresa exige que os que compraram áreas desistam de obter o benefício. O gerente do Departamento de Meio Ambiente da Cesp, Mílton Estrela, disse que além de exigir a desistência dos que compraram lotes de ex-posseiros, originariamente assentados, a Cesp quer que Câmara Municipal de Epitácio aprove projeto autorizando a prefeitura a receber o loteamento. Segundo ele, em 1986 a empresa celebrou acordo com o prefeito na época e o ex-presidente da Câmara, transferindo ao município R$ 522.000,00, em equipamentos, para repassar o controle do assentamento. Ocorre que o acordo nao foi referendado pelo plenário da Câmara, o que, segundo os assentados, mantém a Cesp como responsável direta pelo projeto.
De acordo com Maria Aparecida, a companhia energética quer atribuir aos manifestantes, ao prefeito e à Câmara a responsabilidade de obter a desistência dos que compraram áreas alegando que acordo neste sentido foi celebrado em reuniao com a diretoria da empresa, realizada no dia 22 de novembro, em Sao Paulo. Ela nega que tenha aceitado essa condiçao e lembra que qualquer entendimento a respeito deve ser feito entre a Cesp e os compradores dos lotes.
Segundo ela, os manifestantes nao pretendem desbloquear os escritórios até a reabertura das negociaçoes com a diretoria da companhia.
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