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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

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Vila Mercedes
Prédio de escola aguarda destinação há dez anos em Mauá

EE Raphael Thomaz Rótulo Antico foi fechada em 2010 pelo governo estadual; área poderia ser usada pela Prefeitura

Por Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
24/01/2020 | 00:01
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Nario Barbosa/DGABC


Fechada há quase dez anos por ausência de demanda, a EE Raphael Thomaz Rótulo Antico, na Vila Mercedes, em Mauá, poderia ter sido transformada em unidade municipal para atender crianças da educação infantil. No entanto, o prédio da escola, abandonado, se tornou sinônimo de problema para a comunidade do entorno. Além da estrutura comprometida pela falta de manutenção, moradores reclamam da sujeira, que tem atraído vetores às casas vizinhas e de que o espaço tem sido invadido por usuários de drogas.

Em 2018, por meio de um decreto, o governo do Estado permitiu o uso da área para construção de uma escola municipal infantil, porém, até o momento o processo está parado. Segundo a Prefeitura, as tratativas não avançaram porque laudos técnicos emitidos após vistorias ao local apontaram que a estrutura da escola está condenada. A gestão Atila Jacomussi (PSB) considera que seria necessário construir nova edificação no local. A cidade concentra fila de espera de pelo menos 3.800 crianças para a educação infantil (zero a 3 anos).

Se uma destinação adequada para o local não é possível, moradores do entorno da EE Raphael Thomaz Rótulo Antico cobram pelo menos a zeladoria do local. Segundo a comunidade, foram realizadas limpezas na unidade em abril do ano passado e ontem. “É fundamental que esse espaço seja limpo com frequência. Mas fica nesse impasse entre o governo estadual com a Prefeitura e nada fica resolvido”, destaca o coordenador de obras Tarsis de Lima, 47 anos, morador do bairro há cerca de 20 anos.

A equipe do Diário presenciou, na manhã de ontem, equipe da diretoria de ensino de Mauá realizando a poda do mato alto e o recolhimento do lixo acumulado. Para os moradores, seria necessário, ainda, dedetização do espaço, já que as casas vizinhas são invadidas por insetos, como baratas e aranhas.

A aposentada Maria Rita de Jesus, 64, lamenta o fato de a unidade de ensino não estar sendo utilizada. “Escutamos barulhos causados pelos usuários (de drogas) que pulam o muro para ficar lá dentro”, comenta. Ela diz que a comunidade chegou a procurar a Prefeitura para denunciar o problema, no entanto, nada foi resolvido.

A Secretaria da Educação do Estado informou que a unidade encerrou as atividades em 2010 e que a PGE (Procuradoria-Geral do Estado) e a pasta estudam possíveis encaminhamentos para um futuro uso do espaço.




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