Foram dois empates e uma vitória consagradora. E o Campeonato Paulista de 1959 é decidido no domingo 10 de janeiro de 1960
“Uma coisa é justo reconhecer: no domingo, o Santos dificilmente venceria o Palmeiras; este jogou com pinta de campeão.”
Luiz Martins, que assinava LM, coluna “Sociedade”, Estadão, 12-1-1960.
Do lado do Santos, Pelé, 19 anos, eleito pela crônica o Craque do Ano 1959 – nenhum jornalista ouvido pela agência Sport Press apontou outro nome; Pelé, por unanimidade.
Do lado palmeirense, esse belo time da foto, do goleiro Valdir, hoje chamado de Sr. Valdir, de volta ao seu Rio Grande do Sul, a Romeiro, o avante que posa na ponta-esquerda, mas que jogava do meio para frente, em várias posições, dono de um chute preciso, não tão forte como o do adversário Pepe, mas que levou o Palmeiras a vitórias importantes.
Em menos de uma semana, três jogos, Pacaembu sempre com grandes públicos: 1 a 1, 2 a 2, 2 a 1 para o Palmeiras.
O News Seller, semanário com pouco mais de um ano de circulação (hoje Diário), deu a notícia, que saiu em todos os jornais e nas revistas nacionais, como a foto colorida da “Manchete”.
O Campeonato Paulista era disputado em turno e returno, com as 20 equipes jogando entre si duas vezes, em casa e no campo adversário. Vitória valia dois pontos e a classificação era por pontos perdidos.
Fim do campeonato, Palmeiras e Santos empatados em primeiro. Daí a disputa na melhor de quatro pontos – o que valeu a expressão supercampeonato.
FICHA TÉCNICA
Palmeiras: Valdir, Djalma Santos, Valdemar Carabina e Geraldo Scotto; Zequinha e Aldemar; Julinho Botelho, Nardo, Américo, Chinesinho e Romeiro. Técnico: Osvaldo Brandão.
Santos: Laércio, Urubatão, Getúlio e Dalmo; Zito e Formiga; Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão, Pelé e Pepe (hoje o “seo” Pepe, de tantas histórias que só ele sabe contar).
Técnico: Luiz Alonso (Lula).
Árbitro: Anacleto Pietrobom.
Gols: Pelé e Julinho no primeiro tempo; Romeiro, de falta, no segundo tempo.
Dica – No Youtube aparecem os melhores lances do jogo. Num dos vídeos, o narrador é Fiori Gigliotti. Confiram e revivam aquele momento importante do nosso futebol.
Santos do Dia
Léonie Françoise de Sales Aviat (Sézanne, França, 1844 – Perugia, Itália, 1914). Educadora cristã. Superiora da congregação Madres Oblatas de São Francisco de Sales, que atuou em vários continentes.
Guilherme de Bourges
Gregório X
Nicanor
ALDO. Eremita. Viveu por volta do século VIII. Foi sepultado na capela de San Colombano e depois na basílica de San Michele, em Pavia, na Itália.
Municípios Brasileiros
Celebram aniversários em 10 de janeiro:
Em Tocantins, Aliança do Tocantins
Em Minas Gerais, Matutina
Na Paraíba, São José do Sabugi
Em Pernambuco, São Lourenço da Mata
Fonte: IBGE
Diário há 30 anos
Quarta-feira, 10 de janeiro de 1990 – ano 32, edição 7272
Manchete – Sindicatos estudam salários em BTN (Bônus do Tesouro Nacional): a “betenização” salarial.
Meio ambiente – Guarda ecológica apreende sete toneladas de lixo clandestino no Parque do Pedroso, em Santo André.
Dinheiro vivo – Mercado especula sobre os planos de ajuste da economia.
Memória – Casa de Cultura e Museu Barão de Mauá reabriu dia 28 de dezembro com 450 peças e videoteca; encarregado: Josias Ramos.
Em 10 de janeiro de...
1865 – Entra em operação nova linha de diligências entre Santos e a Capital, que corta São Bernardo. É a Viação Rio Grande, com carros construídos na Europa, “próprios para a nossa estrada”.
1905 – Criado o Distrito Fiscal de São Caetano, pertencente ao Município de São Bernardo.
1915 – A I Guerra. Manchete do Estadão: os franceses continuam a ganhar vantagem em toda a linha.
Amistoso de futebol em Santo André: Brasil FC, o time dos Flaquer, recebe o Americano, de Santos.
1920 – Celebrada, na Matriz de Santo André, missa por intenção do padre Luiz Capra, falecido há uma semana.
Jornais e agências anunciam o afundamento do transatlântico italiano “Principessa Mafalda”, que deixara o Rio de Janeiro em 5 de janeiro em direção à Europa. Noticiava-se a morte de 700 passageiros, maioria de brasileiros e argentinos.
BARRIGA – Os jornais chegaram dar a lista dos passageiros. Mas precisaram desmentir. Não houve afundamento nenhum. Tudo não passara de boato, uma “barriga”, no jargão jornalístico – “falk news”, nos dias atuais. O navio continuava sua rota normalmente.
Um complicador: a confirmação de que era boato demorou, já que o navio navegava numa zona do Atlântico afastada das costas do Brasil e da África e por onde o tráfego de vapores com estações radiográficas de grande alcance era limitado.
O “Principessa Mafalda” afundaria alguns anos depois, em 24 de outubro de 1927, na costa da Bahia. E desta vez era verdade. Consta que pereceram 292 passageiros e 32 tripulantes.
Hoje
Dia da Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo, instituição criada em 10 de janeiro de 1948.
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