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Tragédia
Grávida que caiu de deck é enterrada

Flávia Souza e a bebê foram sepultadas em Santo André; marido acompanhou com foto em mãos

Miriam Gimenes
Do Diário do Grande ABC
16/12/2019 | 07:51
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Claudinei Plaza/DGABC


A professora de educação infantil Flávia Santos de Souza Lima, 33 anos, foi enterrado na tarde de ontem, sob forte comoção, no Cemitério Memorial Jardim Santo André. Ela, que estava grávida de cinco meses e morava em São Bernardo, morreu na manhã de sábado após cair de altura de dez metros enquanto fazia fotos em uma pousada em Juquehy, em São Sebastião. A jovem havia acabado de chegar ao local com o marido, Marcelo Martins, 35, e o filho, 9, para passarem o fim de semana. A bebê, que se chamaria Ana Clara, também não resistiu.

Martins, que acompanhou o velório amparado por amigos e familiares – e segurando uma foto do casal na mão –, conta que eles haviam saído 4h da manhã de casa e chegaram às 7h no Litoral. “Ela costumava, quando tirávamos foto, ir atrás de mim. No que colocou a mão (na grade de madeira), não sei o que aconteceu, se ela desequilibrou, e tudo caiu, foi muito rápido. Na queda ela me puxou junto. Eu bati a boca, quebrei o buco (maxilar), mas ela bateu a cabeça (se emociona). Ali eu vi que já a tinha perdido.” Eles estavam juntos há dez meses.

O filho de Flávia, de outro relacionamento, assistiu ao acidente de perto e correu para pedir socorro, já que outros familiares estavam na pousada. O casal foi resgatado e Martins foi levado ao hospital, de onde só saiu ontem pela manhã.

Depois, ao analisar as fotos que haviam feito antes, o rapaz disse que a estrutura estava toda podre, situação confirmada pelo BO (Boletim de Ocorrência) do caso, que constatou que a estrutura estava deteriorada pela ação da maresia e uma parte do deck já estava caída nas pedras. A Polícia Civil abriu investigação para averiguar o que teria causado a queda do deck e a morte de Flávia.

TRISTEZA
Durante o velório, amigos e familiares ressaltavam o momento que Flávia vivia. “Ela era um ser contagiante. Em pouco tempo conseguiu realizar o sonho dele (Martins) em questão de família, de amigos, de tudo. Conseguiu dar o filho que ele sempre quis. Eles estavam em um momento da vida deles de luz”, conta Joana D’Arc Monteiro, 36, administradora, que trabalha com o rapaz em uma oficina mecânica e os encontraria no sábado, para desfrutarem o fim de semana no Litoral Norte.  




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